‘No meio do tiroteio’, Oswaldo rebate críticas e prepara soluções no Timão
Técnico do Corinthians diz que não foi contratado para 'fazer milagre' e pede tempo para formar time campeão. A curto prazo, ele pensa em Camacho e Rildo como titulares por G6
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Oswaldo de Oliveira venceu apenas uma de cinco partidas no comando do Corinthians, onde está há menos de um mês. Eliminado da Copa do Brasil, o time está na sétima posição do Campeonato Brasileiro e brigando ponto a ponto para entrar no G6 e alcançar uma vaga na próxima edição da Libertadores, principal meta do clube neste fim de ano. Alvo de críticas por conta dos maus resultados e de estranhamento dos jogadores em razão dos métodos diferentes de treinamento, o profissional sabe que está sob pressão e até achou expressão para definir seu momento: "no meio do tiroteio".
- Nesses dias eu pensei: vamos recapitular a história do Corinthians no ano. Trocou treinador, perdeu jogadores, uma série de situações. Eu não caí de paraquedas, mas vim no meio do tiroteio e me deparei com essa situação. Temos que corrigir, resgatar o que já tinha sido feito, é o mais importante e o que temos tentado nesta semana - explicou, antes de completar:
- Estou aqui para trabalhar e não fazer milagre, tirar leite da pedra não existe. Não que aqui tenha pedra também. Mas minha interferência é diretamente proporcional às condições de trabalho que tenho, não posso levar como um peso para o meu trabalho, tenho que encarar com normalidade. Um mês em futebol é difícil, ainda mais acabando temporada... Quando tenho tempo consigo fazer, porque não sei fazer milagre em 30 dias. Mas se me der tempo para trabalhar pode ter certeza que vai acontecer - disse Oswaldo, que citou seu trabalho de dois anos no Botafogo como exemplo de que entrega resultado quando tem tempo para trabalhar.
Apesar de pensar no futuro, Oswaldo de Oliveira sabe que o 2017 do Corinthians depende dos quatro jogos finais do Campeonato Brasileiro, contra Figueirense, Internacional, Atlético-PR e Cruzeiro. Para reabilitar a equipe goleada pelo São Paulo na última rodada, o treinador pensa em alternativas de escalação. As mais prováveis são as entradas de Camacho e Rildo no time titular. Ou pelo menos do primeiro.
Sem contar com Romero, que defende a seleção do Paraguai, Oswaldo está testando Giovanni Augusto aberto pela direita. Na antiga função do camisa 17 quem entra é Camacho, provável titular contra o Figueirense, no dia 16. Já Rildo, que tem agradado nos treinamentos dos últimos dias, está atuando na função de Rodriguinho, que sofre com problemas físicos nesta reta final de temporada. Como Rodriguinho deve voltar, apenas Camacho entraria.
- Ele (Camacho) é evidentemente técnico, até pela origem, jogava com a sensação de equipe mais livre, com troca de posições. Ele não tem característica forte de marcação, mas enxerga o jogo de trás. Ele pode fazer uma dupla com Willians se de fato tivermos a falta de alguns jogadores como estamos tendo. É uma forma de dar mais consistência à equipe - disse.
- Pode ser que amanhã eu mude de ideia, tem uma série de engrenagens que preciso ver. E a principal delas é o estágio que o Rodriguinho voltará para o treino. Assim como Guilherme e Uendel. Temos até quarta-feira. Por isso que estou testando o Rildo e o Giovanni em funções diferentes e o Camacho na função do Giovanni. Vou esperar.
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