Na derrota de virada por 2 a 1 contra a Ferroviária, nesta terça-feira (13), na Arena Fonte Luminosa, em Araraquara, em jogo adiantado da nona rodada do Campeonato Paulista, o Corinthians fez a sua melhor apresentação nesta temporada? Sim. Mas foi o suficiente para merecer vencer a Locomotiva? Não.
Uma partida de futebol é composta de 90 minutos, e no segundo tempo o Timão deixou muito a desejar, seja por erros isolados, admitidos por Vagner Mancini em entrevista coletiva após o jogo, ou até mesmo pela falta de imposição física e queda de ritmo.
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Enquanto isso, o time do interior paulista se manteve dentro da sua proposta durante todos os 90 minutos.
Nos primeiros 30, quando o Timão ditou o ritmo da partida, a parte defensiva da Ferrinha foi consistente. O clube do Parque São Jorge trocava passes com velocidade, o meio-campo alternava o posicionamento com constância, os atacantes buscavam jogo, mas no último terço do gramado a equipe de Araraquara “soube sofrer”. Nos 15 finais da etapa inicial, eles deram um passo adiante e conseguiram equilibrar os números ofensivos, no que se refere a finalizações. Com saídas rápidas em contra-ataques, a Ferroviária finalizou três vezes ao gol de Cássio nos primeiros 45 minutos, enquanto o Timão acertou a meta de Saulo quatro.
Na etapa final, a postura da Locomotiva era mesma, quase que cirúrgica. Quando viu que o Corinthians não estava conseguindo repetir o desempenho do primeiro tempo, a equipe treinada por Pintado não mudou a estratégia e avançou as suas linhas, para pressionar o Timão. Pelo contrário, passou dar ainda mais a bola aos corintianos, que a partir dali tiveram a chamada “posse inoperante”.
Resultado? Um 2 a 1 a favor da Ferroviária, que é explicado na eficiência da proposta de jogo que eles tiveram, gerando desgaste ao adversário e fazendo com que o time araraquarense aproveitasse as brechas dadas pelo Alvinegro Paulista. Em uma falha de saída de bola e de cobertura, saiu o tento de empate, e já nos acréscimos em uma falta na intermediária ofensiva, onde a barreira corintiana abriu, veio a virada, em um momento em que a igualdade no marcador parecia garantida.
A Ferroviária jogou com as suas limitações, se aproveitando das carências do rival, o que se espera de um time que possui uma camisa tradicional no Estado, mas de pouca cancha nacional, continental e até mundial, como é o Corinthians, que, por sua vez, precisa aprender a vencer jogando bola, pois vinha triunfando com um desempenho abaixo da média, mas contra a Locomotiva mostrou que pode jogar bem melhor do que estava. Porém a qualidade técnica precisa ser combinada ao resultado positivo, o que não aconteceu em Araraquara, o que, ainda assim, foi justo com os 90 minutos.