Mesmo antes da Libertadores, o Corinthians sempre soube o que é libertação
No dia em que completa 10 anos que o Timão conquistou a América, o L! traz uma crônica especial sobre o título
A vida do Corinthians é resumida em libertação.
Fundado em 1910, no bairro do Bom Retiro, em São Paulo, sob a luz de um lampião, o time só existiu para ser a autonomia de um povo operário que tinha no futebol a sua liberdade.
É mais do que um Sport Club. É o Corinthians Paulista. Um estilo de vida. Que aprendeu na marra a lutar pela sua alforria, enquanto todos os outros riam. E fez do povo corintiano uma nação Fiel, justamente porque sabia que cresceria quanto mais neles batiam.
Era a Libertadores até 2012? Mas também era o Brasileiro até 1990, era a saída da fila em 1977. E nunca era o suficiente. E nunca será, porque eles não entendem que a nação corintiana simplesmente vive de Corinthians.
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E quando o Basílio chuta, e quando o Neto brilha, e quando Sheik estufa a rede do Pacaembu, o estádio e o resto do mundo grita em um só som que liberta as dores não por uma Libertadores, mas por mostrar ao mundo que aqui, ali, e em qualquer lugar é Corinthians. E basta. E se basta.
O 4 de julho de 2012 é muito mais que o fim da piada. É o último ato de provação de um clube que nem tinha o que provar, mas que assim o fez somente para certificar o seu gigantismo pintando a América em tons alvinegros.