Mesmo com a declaração do atacante uruguaio Edinson Cavani elogiando a Libertadores e não fechando as portas para o futebol brasileiro, o Corinthians não nutre a mesma animação de contar com o jogador como aconteceu no início do ano.
Isso porque o principal parceiro em potencial para viabilizar o negócio, o Grupo Taunsa, não vive um bom momento com o Timão.
A empresa de agronegócios firmou contrato com o clube alvinegro no fim do ano passado com a estratégia de aportar valores financeiros para grandes contratações e gerar exposição para si através disso, além de outras ativações comerciais com o Timão, como a exposição da marca em alguns equipamentos do clube, acessos à camarotes etc.
No entanto, cinco meses se passaram e a Taunsa está em débito com o Corinthians no negócio envolvendo a viabilização financeira para repatriar o meia Paulinho. E era a partir da animação do grupo empresarial que o Timão chegou a sonhar não só com Cavani, mas com outro uruguaio, Luís Suárez, nos primeiros meses deste ano.
A expectativa era que a empresa trouxesse para o clube do Parque São Jorge um atacante de 'parar a esquina', mas a realidade é que o Grupo Taunsa atualmente segue devendo uma quantia em torno de R$ 18 milhões ao Corinthians, que tenta resolver de forma amistosa, está em contato com a empresa, mas já a notificou em três oportunidades, podendo levar o processo para o campo jurídico.
- R$ 20 milhões faz falta para qualquer empresa, mas o Corinthians é muito grande para depender de um patrocinador só. A Taunsa ainda não nos pagou, a gente fez uma notificação, três já, e a gente está conversando com eles. A gente ainda tem expectativa de receber isso sem judicializar, mas se precisar vamos defender os nossos direitos. Faz falta os R$ 18 milhões, o contrato é maior que isso, mas o resultado do balanço era 18, que eram os entregáveis. Já tem uma previsão contábil, já não tá mais no balanço, fizemos previsão de perda – explicou o diretor financeiro do Corinthians, Wesley Melo, sobre o balanço financeiro corintiano em 2021.
Na busca de realizar o sonho do Corinthians em ter um centroavante de peso, e o da Taunsa, que no primeiro trimestre deste ano se colocava como a empresa que faria isso acontecer em termos financeiros, representantes corintianos chegaram a conversar com o estafe de Suárez e Cavani.
Luisito nem quisprosseguir, pois mesmo em fim de contrato com o Atlético de Madrid, da Espanha, acredita que possui espaço no mercado europeu ou até mesmo alguma liga emergente para fim de carreira, como a MLS, mundo árabe ou asiático.
Já Cavani, através dos seus representantes, sempre se mostrou aberto ao futebol brasileiro, mas optou por respeitar o seu contrato com o Manchester United, da Inglaterra, até o fim, que acontece nos próximos meses.
Como a posição vista como mais carente do Corinthians era o ataque, o alvo se tornou a busca por peças ofensivas de qualidade, e a vinda de Cavani foi discutida, pois supriria os desejos corintianos e do patrocinador, já que o Timão teria a qualificação técnica desejada, e a Taunsa promoveria mais uma chegada impactante em um clube como o Timão.
O estafe de Edinson até acenou positivamente pela investida, mas os acordos comerciais com o United, sendo que o Corinhtians gostaria de ter Cavani logo no início do ano, impediram que as trativas evoluíssem para uma proposta oficial com chances de ser concretizada.
Mas agora o intuito corintiano é justamente receber o que lhe é devido, e, ainda que admita que há sonhos com Cavani, sem um parceiro forte haverá grandes dificuldades para trazê-lo na atual conjuntura.