Muros do Parque São Jorge, sede social do Corinthians, amanheceram com pichações nesta terça-feira (26). As mensagens escritas nas paredes eram em protesto ao processo de impeachment de Augusto Melo da presidência do clube, que será votada no Conselho Deliberativo na próxima quinta-feira (28).
➡️ Conselho de Orientação do Corinthians recomenda o impeachment de Augusto Melo
Romeu Tuma Jr., presidente do Conselho Deliberativo, e Andrés Sanchez, ex-presidente do Corinthians, foram os principais alvos das pichações. As mensagens expressavam palavras de ordem como: "Não vai ter golpe" e xingamentos aos dirigentes.
Veja as pichações abaixo.
Reunião do CORI
As pichações aconteceram após o Conselho de Orientação do Corinthians (CORI) recomendar o afastamento de Augusto Melo do cargo de presidente, em reunião nesta segunda-feira (25). O órgão é formado por ex-presidentes, membros vitalícios e conselheiros eleitos.
Segundo o CORI, Augusto Melo faz uma gestão temerária em seu primeiro ano como presidente do Corinthians. A principal justificativa é a falta de apresentação de balanços econômicos auditados e de transparência na apresentação de documentos envolvendo a parceria do clube com a ex-patrocinadora, a casa de apostas "Vai de Bet".
Os ex-presidentes Andrés Sanchez, Duilio Monteiro Alves e Roberto de Andrade não participaram da reunião. A decisão do órgão é um indicativo do que pode acontecer na próxima quinta-feira (28), quando o impeachment será votado no Conselho Deliberativo do clube.
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O processo de impeachment no Corinthians
Nesta quinta-feira (28), o Conselho Deliberativo do Corinthians votará o afastamento de Augusto Melo. Caso uma maioria simples entre os 302 conselheiros decida pelo impeachment, o dirigente será exonerado de forma imediata. O órgão, então, terá até cinco dias para convocar uma assembleia-geral, quando os sócios aprovarão, ou não, a decisão.
Com a saída de Augusto Melo, o cargo ficaria interinamente ocupado por Osmar Stábile, vice-presidente do Corinthians. Diretores assumem internamente que vão deixar o cargo caso o impeachment se concretize.