O futebol é impressionante. Imagine você que o Corinthians abriu o placar fora de casa, em um jogo de Copa Libertadores, aos 12 minutos do primeiro tempo. Depois, acertou bola na trave e ainda perdeu uma chance clara com André no finzinho da primeira etapa. A vitória já estava na mão. Estava?
Aos três minutos, o empate do Cerro Porteño. Aos seis, o autor do gol expulso, aos 27 mais uma expulsão, aos 29 o gol da virada, aos 37 o terceiro. Mas como assim? Em um único jogo, o Corinthians sofreu metade dos gols que havia sofrido em dez compromissos oficiais de 2016. E ainda um jogo que já parecia resolvido no primeiro tempo...
Desde o início, o Timão se mostrou exposto defensivamente: lentidão na recomposição e espaços nas duas laterais. No primeiro tempo, o time de Tite até administrou bem suas limitações e conseguiu abrir o placar. Lucca criou espaços com inteligência e velocidade, Giovanni Augusto abriu o campo para brigar pela bola e André foi efetivo em uma de suas chances.
Mas na etapa complementar, com dois a menos, as fragilidades viraram feridas expostas. Uendel permitiu o giro para o cruzamento do primeiro gol. Não buscou a bola, não bloqueou, só deixou. No outro gol, o Corinthians permitiu algo que descumpre as cartilhas: o rival trocou passes dentro da área. Mesmo no processo de reconstrução, é indicativo de que algo precisa ser corrigido no time.
Mas futebol é impressionante mesmo. O Corinthians diminuiu, de pênalti, e foi para cima. Tentou o empate, mas não alcançou. Mesmo que alcançasse, há problemas a corrigir nos lados do Parque São Jorge...