Possível impeachment causaria debandada na diretoria do Corinthians
Afastamento de Augusto Melo pode provocar instabilidade interna
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A votação para impeachment de Augusto Melo da presidência do Corinthians está marcada para a próxima quinta-feira (28), às 18h (de Brasília), no Parque São Jorge. Caso aprovada, a destituição do mandatário vai causar uma debandada na diretoria do clube.
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Internamente, atuais diretores do clube admitem que não permanecerão no comando do Timão caso Augusto Melo seja afastado. Atualmente, dez diretores estão à frente do Corinthians. A debandada pode agravar os problemas nos bastidores de uma gestão marcada por instabilidade administrativa.
Ano marcado por mudanças
Eleito no ano passado, com mandato até 2026, Augusto Melo sofreu para montar uma diretoria. Nesta temporada, o clube alvinegro teve três diretores jurídicos. Antes de Vinicius Cascone assumir o cargo, em setembro, Yun Ki Lee e Leonardo Pantaleão foram nomeados e pediram demissão.
Além disso, a gestão também sofreu em outros setores cruciais para o dia a dia do clube alvinegro. Rozzalah Santoro iniciou a gestão de Augusto Melo como diretor financeiro e deixou, em junho, o cargo que atualmente pertence a Pedro Silveira.
A direção do marketing do clube também sofreu modificações neste ano. Sérgio Moura se afastou do cargo de superintendente do setor, em maio, após denúncias de pagamentos de comissão no contrato do Corinthians com a "Vai de Bet", que foi patrocinadora do clube de janeiro a junho. Vinicius Manfredi assumiu o posto.
No início do ano, Rubens Gomes, o Rubão, assumiu o cargo de diretor de futebol. Após atritos com Augusto Melo, o dirigente foi exonerado em maio. O posto está vago até hoje, mas Fabinho Soldado, executivo de futebol, se tornou o único responsável pelo setor.
Possíveis consequências no campo
Com a votação marcada para a próxima quinta-feira (28), o afastamento de Augusto Melo, e a debandada da diretoria, pode agravar problemas que devem se refletir no planejamento do Timão para a próxima temporada.
Atualmente, o Corinthians enfrenta problemas nos bastidores e a possível saída de diretores deve agravar a instabilidade do Timão. O clube alvinegro corre contra o tempo para fechar acordo com Balbuena para encerrar o transfer ban imposto pela Fifa.
O clube alvinegro possui um débito de R$ 6,9 milhões com o jogador, referente a direitos de imagem não pagos durante sua passagem pelo Corinthians, entre 2016 e 2017, e, posteriormente, de 2022 a 2023. Em outubro, o clube sofreu o 'transfer ban'. A negociação está sendo conduzida pela diretoria jurídica e financeira.
Outra questão que preocupa a Fiel é a contratação em definitivo de Hugo Souza. Contratado por empréstimo em julho com compromisso até o final deste ano, o Corinthians exerceu o direito de compra de 60% dos direitos federativos do atleta. Para isso, o Timão deve pagar 800 mil euros (R$ 4,9 milhões) até dia 30 de novembro.
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Apesar do acordo, o Corinthians tem dificuldades para concretizá-lo. Por duas vezes, o Flamengo não aceitou os fiadores apresentados pelo clube alvinegro. Na primeira vez, o Timão incluiu a Brax, mas foi recusada pelos cariocas; na segunda, foi a vez de um banco, que não teve o nome revelado.
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