Preparador físico do Universitario, do Peru, Sebástian Avellino Vargas foi preso em flagrante na madrugada desta quarta-feira (12) pelo crime de racismo equiparado à injúria racial. O profissional da equipe peruana é acusado de ter feito gestos em direção à torcida do Corinthians logo após o fim do jogo, que terminou com vitória corintiana por 1 a 0, na noite da última terça-feira (11), pela Copa Sul-Americana.
A decisão de dar voz de prisão a Avellino foi da delegada Vanessa Magário, que estava de plantão no 65º Distrito Policial, localizado no bairro Artur Alvim. Ele foi enquadrado no artigo 20 da Lei 7716/89, que aponta como crime inafiançável e imprescritível as “práticas, induções ou discriminações ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional”.
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Vanessa comunicou a delegacia seccional sobre a decisão. O caso foi cuidado pelo DP, pois o Juizado Especial Criminal (Jecrim) não havia sido montado na Neo Química Arena na partida em questão. Assim, a situação não ficou sob competência do Departamento de Repressão aos Delitos do Esporte (Drade), órgão que normalmente assume a competência de crimes ligados a eventos esportivos.
Antes de ser preso, o preparador realizou exame de corpo de delito na unidade do Instituto Médico Legal (IML) que fica ao lado da delegacia. A previsão é que ele seja levado ao 50º Distrito Policial, localizado no bairro Itaim Paulista, assim que o dia amanhecer. Na sequência, ele será levado para o Fórum da Barra Funda onde passará por uma audiência de custódia. Se for condenado, a tendência é que ele permaneça no Brasil, local do jogo contra o Corinthians, já que o crime de racismo é considerado inafiançável e imprescritível.
Sebástian Avellino foi preso com base no depoimento de três testemunhas. Duas delas eram torcedores corintianos e uma gandula da partida. As imagens do circuito interno de segurança da Neo Química Arena não foram solicitadas pelas autoridades até o fechamento da matéria. Porém, o próprio Corinthians solicitou à empresa responsável a avaliação dos vídeos. O clube alvinegro também encaminhou um representante, o advogado Ricardo Bianchini.
Dois funcionários do Universitario permaneceram em território brasileiro para acompanhar a situação. Eles não falaram com a imprensa e nem quiseram se identificar. A pedido do time peruano, Armando Monteagudo, que é cônsul do país em São Paulo, foi chamado e compareceu ao Distrito Policial para se situar sobre o caso e dar o suporte necessário.