Augusto Melo, presidente do Corinthians, esteve na 3ª delegacia da Polícia Civil, a DDPC, nesta quarta-feira (16), e prestou depoimento, na posição de investigado, sobre o caso VaideBet. Deve ser o último testemunho antes do delegado Tiago Fernandes Correia encerrar o inquérito.
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As investigações apuram indícios de irregularidades no contrato de patrocínio da casa de apostas do Corinthians com a VaideBet, que durou entre janeiro e junho de 2024, o primeiro ano de gestão do dirigente. O depoimento durou cerca de três horas, após a declaração, Augusto Melo falou com a imprensa.
— O que dá para falar para vocês é que foi um depoimento muito tranquilo, muito cordial, fui muito bem recebido, o resto eles que vão te que dar o resultado final, isso é mais a parte jurídica, o que eu posso dizer é que foi tranquilo, desde o começo, no dia da negociação, tudo que foi feito foi falado, sempre deixei claro isso, fui transparente desde o início que eu conhecia a patrocinadora, desde o primeiro que negociei com a patrocinadora, então sempre foi tranquilo, e foi isso que foi falado, a minha verdade é uma só — disse o dirigente na saída da delegacia.
Nesta semana, dois ex-dirigentes também prestaram depoimento, Marcelinho Mariano, ex-diretor administrativo, e Sérgio Moura, ex-superintendente de marketing. As autoridades buscam esclarecer os repasses nos valores de R$ 900 mil da intermediadora do negócio, a Rede Social Media Design, de Alex Cassundé, à empresa Neoway Soluções Integradas de Serviços LTDA, uma empresa supostamente fantasma registrada em nome de Edna Oliveira do Santos, moradora de Peruíbe, que afirma desconhecer qualquer pessoa jurídica vinculada a ela.
Os depoimentos de Alex Cassundé, Marcelinho Mariano, ex-diretor administrativo do Corinthians, e Sergio Moura apresentaram divergências sobre como Alex Cassundé, que participou da campanha de Augusto Melo, entrou na campanha.
Caso VaideBet
Desde o ano passado, outros membros da política do Corinthians prestaram depoimento como testemunhas, foram os casos de Osmar Stábile, primeiro vice-presidente do clube, e Luiz Ricardo Alves, conhecido como Seedorf, ex-diretor adjunto do departamento financeiro.
O patrocínio previa o pagamento de R$ 370 milhões, um dos maiores acordos do futebol sul-americano, foi rompido unilateralmente pela VaideBet, após o acionamento de uma cláusula anti-corrupção.