Presidente do Corinthians reafirma: vaga na Libertadores-17 é o mínimo
Mais uma vez dirigente defende o planejamento, volta a não dar prazo para Fábio Carille e mantém meta do ano. Mandatário acha possível brigar no Brasileirão e na Copa do Brasil
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O Corinthians perdeu importantes jogadores, o técnico Tite para a Seleção Brasileira, vive fase turbulenta, mas o presidente do clube, Roberto de Andrade, reafirmou nesta terça-feira o que disse ao LANCE! há três meses: classificar para a Libertadores do ano que vem é o mínimo para o Timão.
Nesta terça-feira, ele concedeu entrevista coletiva no CT Joaquim Grava, voltou a defender o planejamento do clube para a temporada e reforçou que disputar o torneio continental é obrigação:
- Não tenha dúvida (que disputar a Libertadores seja o mínimo). Quero mais que isso, não gosto nem de repetir essa frase para as pessoas não acharem que só isso está bom - declarou.
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Questionado sobre os impactos financeiros que a ausência na Libertadores pode provocar, ele disse:
- Preocupa sempre, no campo esportivo também, mas tenho fé em Deus que vamos classificar.
- Confira abaixo os principais trechos da entrevista de Roberto de Andrade:
JOGO CONTRA O FLUMINENSE
Vitória sempre contribui, estamos trabalhando não só por esta vitória, como por outras. Temos total confiança no Carille, é prematuro falar se ele vai ficar, se vai voltar a ser auxiliar. Agora temos que nos unir em prol de um trabalho. Por isso estou aqui presente, para a gente passar confiança, que é uma das coisas mais fundamentais que tem no futebol. Você pode ter qualidade de atletas, mas faltando confiança eles se tornam comuns. Precisamos resgatar isso, e temos certeza que amanhã teremos um bom jogo.
TORCIDA MAL-ACOSTUMADA
Ninguém fica mal-acostumado com coisa boa. Tentamos fazer um diagnóstico. É claro, ninguém gosta de perder, entramos no campeonato buscando título. Tem uma sequência de coisas que aconteceram, jogadores que saíram no começo do ano, agora no meio do ano novamente. Aí você vê o time não jogando bem e acaba gerando uma irritação em todo mundo, parece que a diretoria não quer vencer, está se desfazendo do time. Eu sou presidente, torcedor, apaixonado, louco, roxo... Mas ao mesmo tempo sou gestor, isso tem confronto. Como torcedor, quero ter o mais, o melhor. Como gestor não posso fazer isso. Em fevereiro de 2015, quando assumimos o clube, sabíamos das dificuldades. Não foi hoje que começamos a fazer os ajustes. De lá para cá fizemos diversas coisas boas ao clube, estamos colocando tudo em dia, contribuindo regularmente com o Profut, o que é fundamental, senão muda de divisão. Até hoje mesmo li que 20% dos clubes não estão cumprindo com o Profut... Enfim, eu tenho todo dia esse confronto entre gestor e torcedor, porque quero o melhor para o Corinthians. Neste momento, não podemos esquecer que o atual campeão brasileiro é o Corinthians.
PROCURA POR TÉCNICO
Não fiz contato com nenhum treinador. Hoje a gente está focado no elenco, na comissão, apoiamos os atletas, e o técnico é o Fábio. Vamos pensar nisso num futuro próximo. O treinador hoje é o Fábio Carille.
FOCO NA COPA DO BRASIL
De forma alguma a gente vai jogar a toalha. Estamos vivos no Brasileiro, embora esteja difícil. Possibilidade existe. Hoje o foco maior é resgatar a confiança de todo mundo. Estamos vivos no Campeonato Brasileiro e também na Copa do Brasil. Sobre o futuro, enquanto não acomodar tudo, retomar a confiança, não vamos colocar foco em outra coisa.
REFORÇOS
Estamos começando a ver, definindo carências, para depois chegar nos nomes e ver o que fazer. O que a gente precisa fazer para acabar bem o ano é ter apoio. Sem apoio do torcedor é impossível. Se com o apoio dele já estamos com dificuldades, se o torcedor nos abandonar a dificuldade ficará ainda maior.
PLANEJAMENTO
Quando falo perfeito não significa que as peças que chegaram deram certo. Pode ser que elas não se encaixaram. Quando eu falo perfeito, não é porque eu trouxe o Zé e ele está jogando muito. Quero dizer que as peças foram repostas, o Corinthians começou a temporada com elenco completo. O treinador que fez o planejamento foi o Tite, que hoje está na Seleção. É difícil jogar com o imponderável. Não tem como prever quem vai sair no meio do ano, como foi com o Elias, que ele quis sair e ir embora.
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