Prestes a reencontrar seu ex-clube, Sornoza pede Corinthians focado e prevê jogo difícil na Sul-Americana

Meio-campista conversou com o L! sobre seu momento no clube, falou sobre a importância de fazer um bom resultado em Itaquera, mas pediu atenção com o Fluminense 

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Na próxima quinta, às 21h30, o meia Júnior Sornoza reencontra pela primeira vez seu ex-clube. Pelo jogo de ida das quartas de final da Copa Sul-Americana, Corinthians e Fluminense medem forças em Itaquera. O equatoriano, dúvida na escalação do Timão para o duelo entre os brasileiros na competição internacional, espera uma postura ofensiva do Alvinegro, mas sem deixar de lado alguns princípios do técnico Fábio Carille.

- Temos que pensar primeiro em não tomarmos gol e depois em fazer. Na frente, na hora de matar o jogo, temos que fazer gols para ficarmos em uma situação confortável. Queremos ter essa tranquilidade - afirmou o camisa 7 em entrevista ao LANCE! concedida na última terça-feira no CT Joaquim Grava.


Embora seja um especialista na bola parada e tenha dado onze assistências nesta temporada, Sornoza vive o dilema sobre sua presença na partida. Isto porque, Carille vem utilizando o jovem Mateus Vital, de apenas 21 anos, na posição de armador pelo meio nos últimos jogos. Ainda não há uma definição sobre quem será o titular diante do Fluminense.

Mesmo sem a certeza de que estará em campo na noite da próxima quinta, Sornoza sabe que não será uma partida fácil para o Corinthians. Na zona de rebaixamento do Brasileirão e com a mudança de treinador nesta temporada, o Tricolor das Laranjeiras entra como azarão na partida em Itaquera. Por isso, a palavra de ordem no Timão é fazer prevalecer seu mando de campo.

- Vai ser um jogo difícil, todo mundo aqui no Corinthians sabe disso. A força da nossa tem que prevalecer. Estamos jogando ao lado da nossa torcida e temos que saber atacar para ganhar essa partida. O Fluminense é uma equipe qualificada e vai nos dar trabalho, mas em casa temos que mostrar nossa força - explicou o equatoriano.

Como vai ser esse reencontro com o Fluminense?
Sou muito grato ao Fluminense. Espero fazer um grande jogo, uma partida para ajudar o Corinthians a conseguir esse título da Copa Sul-Americana. É algo importante para nós.

Corinthians e Fluminense têm estilos de jogo diferentes. O Corinthians é um time que corre poucos riscos, enquanto o Fluminense, pelo menos quando tinha o Fernando Diniz, era uma equipe mais ousada e que sempre buscava o ataque. Você concorda com isso?
Sim. Trabalhamos para não tomarmos gol. Treinamos forte para sermos um time defensivamente sólido. Estamos fazendo grandes partidas, não estamos sofridos gols e isso está sendo importante para o Corinthians se manter bem no Campeonato Brasileiro e na Copa Sul-Americana.

Na Sul-Americana, diferente da Copa do Brasil, há o gol qualificado. O quão importante é não tomar gol em Itaquera nesse jogo de quinta?
Temos que pensar primeiro em não tomarmos gol e depois em fazer. Na frente, na hora de matar o jogo, temos que fazer. Queremos ter essa tranquilidade.

O Carille tem feito um revezamento entre você e o Mateus Vital no meio de campo. Parte da torcida prefere você na posição, outra parte gosta mais do Vital ali na armação. Como é isso para você?

Todos os jogadores que trabalham aqui no clube estão focados em ajudar o Corinthians. O Vital é um grande jogador, de muita qualidade e é por isso que ele está jogando. Eu também quero continuar trabalhando para jogar e ajudar meus companheiros.

Você já havia comentado sobre a cobrança da comissão técnica para que você chutasse mais ao gol. Você ainda tem se cobrado isso?

Me cobro bastante, treino isso todos os dias e fico depois do treino todos os dias (na terça, dia da entrevista, Sornoza permaneceu no campo 30 minutos depois do fim da atividade para treinar finalizações) para chutar mais de fora da área. O professor me cobra e eu também me cobro. Agora, espero fazer isso no jogo. Vamos ver.

Você fez 35 jogos nessa temporada. Nesses jogos, o Corinthians fez 39 gols. Ao todo, são onze assistências suas e um gol contra o Deportivo Lara, na Venezuela. Analisando esses números, dá para dizer que você participa de quase um terço dos gols da equipe quando você está em campo. Qual sua importância para o elenco? E como você absorve essas estatísticas?

Minha bola parada todo mundo fala que é muito boa, muito qualificada, mas estou me cobrando para chutar mais de fora e fazer gol. Às vezes tenho a chance de chutar, mas acabo dando o passe. É algo meu, de tentar colocar meus companheiros em condição de fazer o gol. Estou trabalhando isso.

O que vocês esperam da postura do Fluminense em Itaquera?
Agora com a saída do treinador do Fluminense, não sabemos mais como eles vão jogar. Temos que fazer o nosso trabalho, sem pensar nisso.

O Corinthians é favorito?

Não tem favoritismo. O Corinthians tem que fazer seu papel de mandante e ganhar o jogo ao lado de sua torcida. No Maracanã, na volta, eu acho que é importante fazer um gol por conta do critério, mas vai ser difícil. Nosso objetivo é ser campeão, mas não há favoritismo

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