A média de público do Corinthians jogando em sua Arena tem sofrido quedas constantes nos últimos meses, e a explicação para o fenômeno é simples: sete dos últimos dez públicos do Timão em casa estão entre os dez piores da história do estádio de Itaquera, inclusive os 18.046 pagantes da partida contra o Santo André, no último sábado, que representou o segundo menor de todos.
A 11 partidas de completar 100 mandos do Corinthians, a Arena virou razão de preocupação para o clube. E a pauta não são somente os naming rights encalhados ou a dificuldade nas vendas de camarotes e espaços do estádio, e sim a torcida. Além dos baixos públicos recentes, o Corinthians identificou certa impaciência da Fiel com o time. Isso ocorre desde o ano passado, mas até quem acabou de chegar já notou.
- É normal. A torcida vem, paga ingresso e em um momento ou outro fica brava com um resultado. Tenho certeza que a gente vai demonstrar em campo e vai conseguir reverter essa impaciência de parte da torcida - diz o volante Gabriel, de somente seis jogos pelo Corinthians.
Na derrota por 2 a 0 contra o Santo André, a torcida do Corinthians mostrou incômodo em diversos momentos, mas manteve o incentivo até o fim. A bronca interna é em relação a eventos do ano passado e também ao amistoso contra a Ferroviária, resolvido só no finzinho com gol de Marquinhos Gabriel.
Para 2017, o Corinthians contratou reforços de características diferentes do que ano passado. Gabriel e Kazim são os exemplos mais claros. Em outras palavras: o Corinthians deseja resgatar seu torcedor e também o apoio das arquibancadas com raça e empenho em campo. Comandante do Timão em quatro dos dez piores públicos da história, Fabio Carille sabe a receita.
- Sabemos que precisamos trazer o torcedor pro nosso lado o quanto antes, e isso acontece com resultado e entrega. Corintiano gosta que o time não deixe de correr atrás.
CONFIRA OS DEZ PIORES PÚBLICOS DA HISTÓRIA DA ARENA CORINTHIANS:
Atlético-MG - 17.135 (5/10/2016)
Santo André - 18.046 (11/2/2017)
Cruzeiro - 18.796 (28/9/2016)
Fluminense - 18.838 (25/9/2016)
Internacional - 19.493 (21/11/2016)
Vitória - 20.207 (22/8/2016)
Fluminense - 20.614 (21/9/2016)
Ferroviária - 21.956 (1/2/2017)
Ponte Preta - 22.029 (30/3/2016)
Capivariano - 23.143 (11/2/2016)