A má fase da Seleção Brasileira, atual sexta colocada nas Eliminatórias, tem preocupado mais os dirigentes do Corinthians do que quaisquer outras pessoas. O clube sabe que a situação crítica de Dunga pode abrir as portas a outro gaúcho neste cargo, e Tite tem procurado fugir do assunto – nesta sexta-feira, por exemplo, agradeceu o fato de não ter respondido perguntas desse tema. O foco de Tite é o trabalho de reconstrução que conduz com ótimos resultados no Timão, e é justamente esse trabalho que nutre as esperanças dos amantes da Seleção pela troca.
Focado em fazer com que o atual desempenho, de 13 vitórias, dois empates e apenas duas derrotas ao longo do Campeonato Paulista e da Libertadores, se transforme em conquistas, Tite pode alcançar mais uma marca expressiva neste domingo, quando enfrentará o rival Palmeiras no Pacaembu. Caso vença, o técnico do Timão chegará à marca de sete vitórias seguidas no ano, e isso não acontece desde a temporada de 2012.
Falar sobre 2012 ao torcedor corintiano é remeter a um sorriso no rosto. Foi neste ano que o próprio Tite conduziu a Fiel às festas dos títulos da Libertadores e Mundial. Neste ano, também, a equipe conseguiu sequência implacável de oito vitórias, entre 21 de março e 18 de abril. Depois de superar Cruz Azul (MEX), Palmeiras, XV de Piracicaba, Oeste, Paulista, Nacional (PAR), Ponte Preta e Deportivo Táchira (VEN), consecutivamente, o Corinthians jamais conquistou outra série tão forte
Em 2016 já são seis vitórias seguidas, contra Botafogo-SP, Cerro Porteño (PAR), Linense, São Bernardo, Ituano e Ponte Preta, com 15 gols marcados e apenas um sofrido. A sétima, que seria contra o Palmeiras, representaria a primeira vez desde o ano do título da Libertadores. Seis, exatamente o quadro atual, foi um número atingido somente no ano passado, com Tite.
Em menos de três meses, o Corinthians perdeu seis titulares campeões brasileiros, contratou dez reforços, mostrou manutenção de padrão, conseguiu marcas importantes em duas competições e agora chega às retas decisivas motivado a não desanimar e provar sua força, inclusive no clássico. Se boa parte destas conquistas recai nas mãos de Tite, a Seleção que fique para lá...
– A gente comenta isso aí, mas deixa a gente ficar com o Tite (risos). Ele conhece todo o grupo, há um padrão muito bom – diz Rodriguinho.