O sonho corintiano de disputar a Copa Libertadores ao longo da temporada 2020 não existe mais. Em casa, o Timão venceu o Guaraní, por 2 a 1, mas foi eliminado por conta do critério do gol qualificado fora de casa. Há a frustração pela eliminação precoce e cobranças precisam ser feitas. No entanto, é de vital importância para o sucesso do Alvinegro em 2020 que o trabalho da comissão técnica e do elenco não seja manchado por essa queda.
O Corinthians passa por mudanças drásticas no futebol profissional. Depois de quase uma década trabalhando com uma proposta de jogo que colocava o sistema defensivo como prioridade, o Timão vai em busca de uma proposta mais ofensiva. Para isso, contratou Tiago Nunes e deu carta branca para que o treinador implantasse sua metodologia.
São apenas 38 dias de trabalho com a nova comissão técnica e, neste período, foram nove partidas, um clássico e dois jogos decisivos. É muito pouco tempo para que as novas ideias sejam consolidadas e absorvidas pelos jogadores. Por isso, é extremamente importante que torcida e diretoria entendam o momento e não acabem com o que vem sendo feito no Corinthians.
Por outro lado, no entanto, é preciso que haja cobrança. Um clube de tamanha grandeza, investimento, repercussão e alcance poderia - e deveria - ir mais longe no principal torneio de clubes da América do Sul. Esta eliminação para o modesto Guaraní não chega a ser um vexame, como foram outras que marcam a história do Corinthians na Copa Libertadores, mas é tão ruim quanto as anteriores.
Daqui para frente, o Corinthians disputa o Campeonato Brasileiro, a Copa do Brasil e o Campeonato Paulista. Até que essas competições cheguem em suas fases decisivas, Tiago Nunes terá tempo suficiente para trabalhar o que acredita que deve ser trabalhado no elenco. O Corinthians precisa melhorar para ser vencedor e vai ter que saber lidar com a pressão dessa queda na Libertadores ao longo de todo o ano de 2020.