Timão repudia detenção de torcedor que protestou contra Jair Bolsonaro
Torcedor do Corinthians diz ter sido detido contra o Palmeiras por se manifestar contra o presidente Jair Bolsonaro durante clássico válido pelo Campeonato Brasileiro<br>
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O Corinthians divulgou na manhã desta terça-feira (6), uma nota oficial repudiando a ação da Polícia Militar na detenção de um torcedor do clube durante o clássico contra o Palmeiras. Segundo o homem, ele foi preso por fazer protestos contra o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro.
Rogério Lemes Coelho publicou imagem do Boletim de Ocorrência em suas redes sociais. No relato, o torcedor afirmou que foi abordado pelos policiais quando "expressou sua opinião política gritando palavras contra Bolsonaro". De acordo com os policiais militares envolvidos na ocorrência, eles agiram para evitar tumulto no estádio.
Nos comentários da publicação, o torcedor afirma que "estava dentro do estádio e comecei gritar Bolsonaro vai t... Os policiais vieram para cima, um já me deu um mata-leão quando eu caí. Me algemaram, me levaram para uma sala e ficaram me humilhando."
Veja o BO publicado pelo torcedor
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O clube publicou uma nota oficial a respeito do caso. Vale lembrar que o Corinthians sempre foi um clube ligado à democracia, com movimentos de jogadores, principalmente na década de 80, na equipe que ficou conhecida como Democracia Corintiana.
"A Arena e o Sport Club Corinthians Paulista vêm a público repudiar o episódio que resultou na prisão do torcedor Rogério Lemes Coelho durante o jogo ocorrido no último domingo (04) contra o Palmeiras na Arena Corinthians, após sua manifestação contra o Presidente da República. O clube historicamente reitera seu compromisso com a democracia e a defesa do direito constitucional de livre manifestação, desde que observados os princípios da civilidade e da não violência. A agremiação lembra que diferentes autoridades, entre elas o presidente do clube, já foram alvo de manifestações da torcida durante os mais variados eventos esportivos realizados no local e o episódio caracteriza-se como um grave atentado às liberdades individuais no Estado Democrático de Direito".
O comandante da PM, responsável pelo policiamento no estádio, major Ricardo Xavier negou que o torcedor tenha sido detido por sua manifestação política. Segundo o policial, ele estaria "incitando a violência contra os policiais". De acordo com ele, a ação foi para evitar tumulto.
- Não foi pela manifestação. Ele estava agitando a torcida. A PM foi retirá-lo do ambiente, ele investiu contra os policiais, estava embriagado. Não tem nada a ver (com a manifestação política), estava acirrando a torcida, o policiamento se aproximou para evitar alvoroço - afirmou.
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