Kazim, Júnior Dutra, esperança por um novo camisa 9... O técnico Fábio Carille tentou manter o Corinthians com um centroavante, mas criou outra alternativa. No clássico contra o Palmeiras, o treinador escalou o Timão no 4-2-4 e gostou do que viu na vitória por 2 a 0.
O Corinthians atacou no 4-2-4, com Romero pela direita, Clayson na esquerda, e Jadson e Rodriguinho "flutuando" pelo meio. Na marcação, o esquema virava 4-4-2, com Jadson e Rodriguinho à frente, enquanto Romero e Clayson se alinhavam aos volantes Gabriel e Renê Júnior.
- Para marcar, duas linhas de quatro, com Jadson e Rodriuginho pela frente. Para atacar, dando profundidade com Romero e Clayson, e liberdade para os meias trabalharem por dentro - explicou Carille, após a partida.
A formação é parecida com a do time campeão da Libertadores em 2012, quando Tite escalava Jorge Henrique e Sheik pelos lados e Alex e Danilo por dentro. Carille era o auxiliar daquela equipe e nunca escondeu que se inspira em Tite.
Sem um 9 de referência, o Corinthians ficou com o meio de campo preenchido e confundiu o Palmeiras. Além disso, com a nova formação, o Timão bloqueou bem os ataques rivais, formando duas linha de quatro.
Outro fator importante dessa escalação é ter Jadson em campo. O meia perdeu o pênalti, é verdade, mas é o jogador com maior potencial para resolver partidas no atual elenco - seja na bola parada ou com passes precisos.
O único problema, principalmente no primeiro tempo do Dérbi, foi a falta de profundidade. Em muitos lances, o Corinthians chegava à intermediária adversária, mas não sabia o que fazer com a bola. Não havia alguém dentro da área, e os pontas não chegavam à linha de fundo.
Após iniciar a temporada no 4-1-4-1 e mudar para o 4-2-3-1, Carille parece ter achado uma boa alternativa para a falta de centroavante em seu elenco. O técnico ainda não garantiu que manterá essa formação para os próximos jogos.