Em busca de reconstrução após as perdas de seis titulares, contratação de dez jogadores e remontagem praticamente do zero da equipe de Tite, o Corinthians terá a chance de "exorcizar" um fantasma nesta quarta-feira. Às 21h45, o Timão volta a disputar um compromisso pela Copa Libertadores na Arena quase um ano depois de ser eliminado em casa pelo Guaraní (PAR). Desde a marcante queda, o clube só voltou a perder duas vezes em Itaquera, diante de Palmeiras e Santos – esta última em 26 de agosto de 2015. Já são mais de seis meses sem derrotas em casa, com o total de 11 vitórias e dois empates em 13 compromissos desde então.
Para manter a invencibilidade de mais de um semestre e superar a mancha do revés contra os paraguaios, o clube terá como desafiante o Independiente Santa Fé (COL), clube que enfrentou três vezes na história, a última há 53 anos, com duas vitórias e um empate.
No retrospecto da Arena em Libertadores são cinco jogos, com três vitórias, um empate e uma derrota, todos na edição do ano passado, quando o Corinthians caiu nas oitavas de final. Na primeira fase, foi em Itaquera a goleada por 4 a 0 diante do Once Caldas (COL), clube do mesmo país do Santa Fé. Depois, o Timão empatou com o San Lorenzo (ARG) sem gols e bateu São Paulo (2 a 0) e Danubio (URU, 4 a 0) antes de cair por 1 a 0 para o Guaraní. No total, dez gols marcados e apenas um sofrido, estatística que leva bons presságios.
– É um campeonato diferente, mas temos que manter a pegada do Paulistão, sempre buscando o gol, sem desorganização, mas acertando mais nos passes e caprichando nas finalizações – recomenda Lucca, um dos artilheiros do Corinthians em 2016 com dois gols, mesmo número do paraguaio Romero, hoje reserva.
Remodelada em relação ao início do ano, a equipe terá outro desafio importante logo na sequência do jogo da Libertadores. No domingo, o Timão visita o Santos (curiosamente, o último time que o venceu na Arena) pelo Paulistão, fechando a "semana santa" que logo depois terá o Cerro Porteño (PAR), fora de casa, novamente pela Libertadores.
– A maratona é um pouco cansativa, mas são dificuldades que precisamos passar por cima – explica o zagueiro Felipe, um dos poucos remanescentes da eliminação de 2015 que seguem no elenco.
Nesta quarta, a equipe tem a chance de "tirar a zica", manter a invencibilidade e dar um passo importante em busca do bi da Copa Libertadores.