Provável titular do Corinthians no clássico do próximo sábado, contra o Santos, no Pacaembu, o atacante Emerson Sheik falou sobre a importância do elenco se manter focado no Campeonato Brasileiro, antes de virar a chave e pensar na final da Copa do Brasil, contra o Cruzeiro, na próxima quarta.
Na visão do camisa 47 da equipe alvinegra, o grupo precisa tomar o jogo da última rodada, contra o Flamengo (derrota, por 3 a 0, em casa) como exemplo para não tropeçar novamente. Vale lembrar que o Corinthians tem 35 pontos na competição nacional e ocupa a 10º lugar na tabela de classificação.
- Mentalmente, precisamos estar bem fortes e focados. O que não devemos fazer, já sabemos porque vivemos isso com o Flamengo. Amanhã tem um jogo muito importante e na quarta tem um decisão. Tem que ter maturidade. Todos os atletas entendem isso porque o que aconteceu contra o Flamengo não pode se repetir - avisou o ídolo corintiano.
O jogador ainda falou sobre como o resultado diante do Santos, no próximo sábado, pode ter interferência na final da Copa do Brasil, contra o Cruzeiro, na próxima quarta. Sheik pediu que os torcedores se mantivessem otimistas quanto ao fim de temporada do Corinthians e continuassem apoiando a equipe, principalmente nesta reta final.
- Sou otimista em tudo o que eu faço. Esse meu otimismo me levou a grandes conquistas. Vamos terminar o Brasileiro em uma posição melhor porque essa não é a posição do Corinthians. Espero que o torcedor seja otimista porque a energia deles é muito importante para nós, principalmente no estádio - cravou o atacante do Timão.
Para o clássico com o Santos, o Corinthians deve ter um time alternativo, já que decide um título no meio da próxima semana. A provável escalação alvinegra tem Walter; Pedro Henrique, Léo Santos, Marllon e Carlos Augusto; Araos e Douglas; Pedrinho, Mateus Vital, Emerson Sheik e Jonathas. O técnico Jair Ventura, no entanto. optou por não divulgar a lista de relacionados.
Confira outros trechos da entrevista de Emerson Sheik
Melhor lembrança contra o Santos
Jogar contra o Santos, independente de ser um jogo memorável, é sempre bom. O Santos tem uma história linda. O Rei do futebol esteve lá. É sempre bom jogar contra eles. Tive alguns momentos felizes jogando contra o Santos, mas óbvio que vou lembrar da Libertadores, na Vila. Fiz o gol naquela noite. É um jogo que o torcedor, inclusive, não me deixa esquecer.
Sobre a equipe que vai enfrentar o Santos e a expectativa para a final
O Jair ainda não definiu (risos). Alguns atletas que jogaram o primeiro jogo da decisão não foram para o campo. O Corinthians é uma coisa só. Não existem dois grupos. Obviamente, que ganhando o jogo amanhã, que é um clássico, a confiança dobra. Embora seja uma final e em final você precisa estar confiante. Final não se joga, final se ganha. O Corinthians é uma coisa só.
Sobre calendário do futebol brasileiro e a demonstração de força de determinadas equipes em momentos críticos da temporada
Parece que esse cenário se repete há muitos anos. Time chegando em final de Libertadores, Copa do Brasil, regional e indo bem no Brasileiro. Não criando polêmica, mas todos sabemos do nosso calendário. O regional tem um desgaste já no início da temporada. Depois vem Libertadores, Copa do Brasil, Libertadores. Alguns chegam no Mundial. O Corinthians chegou. Existem outros fatores também. Às vezes, o clube prioriza uma ou outra competição. É um cenário que se repete há muitos anos aqui no Brasil. Talvez uma mexida no calendário faça que o Brasileirão se torne um campeonato melhor. É uma série de situações que podem ocasionar isso.
Auto-análise de seu último ano como atleta profissional
Por tudo o que eu fiz nos treinamentos, estou bem satisfeito. Quando eu vim para cá, a ideia era de que eu viria a passeio. Mas estou bem na temporada. Acredito em merecimento e tenho certeza que eles (treinadores) viram isso. Obviamente que gostaria de ter jogado mais. A vontade de jogar está na veia, não muda nunca.
Sobre a aproximação do fim de sua carreira
Quero terminar a minha carreira diferente de muitos outros atletas. Quero ser útil diariamente até porque o Corinthians paga o meu salário e paga em dia. O que eu decidi é diariamente dar ao esporte o que o esporte me deu. Hoje, chego cedo no clube (risos). Agora venho de carro (referindo-se ao episódio ocorrido em 2011, quando chegou de helicóptero ao CT Joaquim Grava). A maneira que encontrei para poder agradecer ao esporte, ao futebol, é me dedicar. Quando termina o treino, que eu entro no vestiário e sento na minha cabine, eu digo: 'é mais um dia. Muito obrigado'. Foi a maneira que escolhi. Estou muito preparado para poder parar. Espero dar o melhor até o fim do meu contrato.
Sobre seu futuro após pendurar as chuteiras
Tenho um sentimento muito bonito pelo Corinthians. Eu amo estar aqui, eu gosto de estar aqui, eu tenho uma história bonita aqui. Minha história é maior que os títulos, vocês podem acreditar. O fato de imaginar que não posso mais tê-los (referindo-se aos funcionários do clube) por perto, me deixa triste. Aceitaria ficar aqui não pelo que eu construí enquanto atleta, mas se tivesse algo que eu pudesse ser útil. Não tem nada ainda (risos). Não posso falar.