Prestes a completar cinco meses como técnico do Corinthians, Sylvinho enfrentou fases difíceis durante o início do seu trabalho e chegou até a ter a sua demissão cogitada às vésperas de um clássico contra o Palmeiras, mas levou a melhor neste confronto com o arquirrival e depois acumulou dez jogos de invencibilidade, alçando a equipe alvinegra a entrar na luta direta por uma vaga no G4 do Campeonato Brasileiro.
TABELA
> Veja classificação e simulador do Brasileirão-2021 clicando aqui
> Conheça o aplicativo de resultados do LANCE!
GALERIA
> Confira as fotos da nova terceira camisa roxa do Corinthians
Apesar do bom momento do Timão, o comandante continua, entretanto, sendo alvo de muitas pessoas insatisfeitas com o seu trabalho, e muitas vezes as críticas que recebe de torcedores são desrespeitosas ou agressivas. Um dos motivos para a sua reprovação por parte da torcida é, por exemplo, a demora para fazer substituições durante as partidas ou até mesmo o número de alterações, considerado baixo por muitos em algumas ocasiões.
Nesta sexta-feira, ao comentar em entrevista coletiva sobre as críticas que recebe, Sylvinho afirmou que convive bem com as mesmas, mas ponderou que existe um limite aceitável para o teor dos questionamentos ao seu trabalho.
- Vou ser sintético: todos sabemos o que é limite e o que não é. O que é aceitável e o que não é. Não tenho tempo para as redes sociais. Tive bons maestros, (Roberto) Mancini, Mano (Menezes), Tite. Nosso tempo são 16h de clube e mais três horas em casa ainda trabalhando. Jogos que não acabam. Cuidando de 28 atletas, relação com a direção. Não temos tempo para interagir em redes sociais - disse Sylvinho, que falou com a imprensa junto com o auxiliar Doriva no início da tarde desta sexta.
Em seguida, o comandante reconheceu que o próprio momento atual difícil do Brasil acaba colaborando para que alguns torcedores, já combalidos com os problemas enfrentados no dia a dia, sejam mais ácidos ao analisar o momento do Corinthians e usem o clube como válvula de escape para exagerar nas críticas ao seu trabalho, avaliado das mais diferentes formas nas redes sociais.
- Todos os seres humanos sabem, não precisa colocar pesquisa. Vivemos momentos extremos, difíceis, polarizados, e todos sabemos onde está o limite - completou Sylvinho.
CONSTRUÇÃO DO TRABALHO
Ao analisar o próprio trabalho, Sylvinho admitiu que usado com frequência exagerada a palavra construção, que ele profere em todas as suas entrevistas coletivas e que servem para ajudá-lo a defender as decisões que vem tomando como técnico do Timão, posto que assumiu no final de maio.
- Surge a palavra construção. É um período curto, bom, já dá para ver coisas, uma organização sadia e forte, no grupo. Compensações, na saída do zagueiro tem um volante que entra. Nosso processo defensivo é sincronizado. A parte defensiva não são só os atletas da L4 (linha de quatro), é um sistema, que buscamos movimentos. Vejo eles com uma grande melhoria - disse o treinador, que no momento prepara o Corinthians para enfrentar o São Paulo, na segunda-feira, às 20h, no Morumbi, pela 27ª rodada do Brasileirão.
- Vejo construção com Cantillo, antes com Gabriel e Roni, depois uma nova amostra com Vitinho no lugar do Roni e hoje com Renato (Augusto) e Giuliano. Entendo que esse tripé tem funcionado muito bem, de formas diferentes. Já veremos o terceiro, no futebol as peças se mexem. Entendo que tem funcionado bem. E a descoberta de jovens talentos, que se mostram com virtude. A construção de meio tem funcionado - reforçou o técnico.