Teve sinalizador, teve recorde de público, teve pressão, teve fumaça, teve boa atuação... Teve quase tudo. Nesta quarta-feira, na Arena Corinthians, só não teve vitória para o time da casa. Com o empate em 2 a 2, o Timão não conseguiu espantar o fantasma que paira em Itaquera e caiu de novo no mata-mata. O Nacional (URU), novo vilão da Arena, vai às quartas de final da Libertadores e espera Boca Juniors (ARG) ou Cerro Porteño (PAR), que jogam nesta quinta-feira. Veja a repercussão da eliminação em Itaquera.
A atmosfera de pressão foi criada antes mesmo da bola rolar, com o intenso uso de sinalizadores pelas torcidas organizadas. “Toda essa festa é por amor”, dizia a faixa. Em campo, o Corinthians se perdeu em meio à fumaça e saiu atrás. Aos cinco minutos, Nico López cruzou na área, a defesa se enrolou inteira (impossível achar um culpado quando os quatro defensores erraram posicionamento) e Cássio deu azar do rebote de sua linda defesa cair de novo para Nico, sem marcação, abrir o placar. Balde de água fria? Que nada! Aí foi que a Fiel torcida cantou e jogou junto.
Felipe, duas vezes de cabeça em dois cruzamentos de Giovanni Augusto, chegou perto de empatar. Não era hora. Mas dos pés do jogador que superou todas as expectativas e se recuperou de lesão para voltar ontem saiu o cruzamento. A zaga do Nacional fez besteira, André furou, mas Lucca teve esperteza e espetou. Belo gol, Timão vivo.
Jogo nervoso, Corinthians pilhado, ótima marcação do Nacional, pouco jogo e muita briga. O jogo virou o intervalo e continuou assim no segundo tempo. Mas apenas 11 minutos passaram na pressão do Corinthians. Nico López dominou na área após Giovanni ser desarmado e rolou para Fernández, mas Cássio defendeu. No rebote, Romero chutou cruzado para o segundo gol.
Silêncio, mudanças, pressão, vaias a Bruno Henrique, cruzamentos sem fim à área, enrolação do Nacional, Marquinhos Gabriel e Romero correndo na velocidade da luz, pressão, pressão e mais pressão. O Corinthians teve até chance de voltar ao jogo em pênalti cometido por Polenta em André aos 37 minutos do segundo tempo. O camisa 9, porém, viu o excelente Conde encaixar a cobrança.
Aos 48, Polenta vacilou de novo e colocou a mão na bola dentro da área. Pênalti, de novo. Frio, Marquinhos Gabriel foi para a bola e marcou o dele. Depois, Romero perdeu chance clara, mas não havia tempo. Ganhou a retranca.
E o Corinthians viveu sua quinta eliminação dentro da Arena no curto período de um ano. Foram Palmeiras, Guaraní (PAR), Santos, Osasco Audax e agora o Nacional. Libertadores? Quem sabe em 2017.
FICHA TÉCNICA
CORINTHIANS 2 X 2 NACIONAL (URU)
Local: Arena Corinthians, em São Paulo (SP)
Data-Hora: 4/5/2016 - 21h45 (horário de Brasília)
Árbitro: Néstor Pitana (ARG)
Auxiliares: Diego Bonfá (ARG) e Cristian Navarro (ARG)
Público/Renda: 43.098 pagantes/R$ 2.888.299,19
Cartões amarelos: Felipe e Bruno Henrique (COR), Ramírez, Tabó, Romero, Porras, Polenta e Eguren (NAC)
Cartão vermelho: Fagner (COR)
Gols: Nico López 5' 1ºT (0-1); Lucca 14' 1ºT (1-1); Santiago Romero 11' 2ºT (1-2); Marquinhos Gabriel 48' 2ºT (2-2)
CORINTHIANS: Cássio, Fagner, Felipe, Yago e Uendel; Bruno Henrique (Danilo 24' 2ºT); Giovanni Augusto (Marquinhos Gabriel 13' 2ºT), Elias, Rodriguinho e Lucca (Ángel Romero 13' 2ºT); André. Técnico: Tite
NACIONAL (URU): Esteban Conde, Fucile, Victorino, Polenta e Espino; Gonzalos Porras (Eguren 44' 2ºT), Santiago Romero, Leandro Barcia (Christian Tabó 28' 2ºT) e Kevin Ramírez; Nico López e Seba Fernández (Felipe Carballo 22' 2ºT). Técnico: Gustavo Munúa