Silêncio. Foi assim que reagiu o técnico Tite quando perguntado sobre a reunião entre líderes da torcida organizada Gaviões da Fiel com jogadores e dirigentes do Corinthians na última quinta-feira no CT Joaquim Grava.
Em entrevista coletiva na tarde desta sexta, o treinador demonstrou incômodo, mas depois falou para explicar por que não iria se posicionar:
- Não quero falar, não me sinto confortável. Tenho muitas coisas para falar, quem entra, quem sai, os jogos... Isso não é da minha alçada, não quero, não me sinto confortável - comentou.
Tite também foi perguntado sobre as críticas de que seria teimoso, como alegaram torcedores de outra organizada do Timão, a Camisa 12, em protesto no último sábado. Ele explicou a decisão de bancar alguns atletas, mesmo quando eles não estão em boa fase:
- O tempo do técnico é diferente do torcedor, que daqui a pouco não acompanha. Talvez seja o tempo do torcedor em ouvir as informações e a razão. Tempo do técnico é diferente do comentarista. Tenho a incapacidade, com uma série de treinamentos mas sem situação a prova de jogo, para formar conceitos - declarou, antes de dar exemplos:
- Queria treinar o Cristian de lateral-direito para compor. Ele treinou muito. Com a saída do Edilson, a gente procura um jogador. Leo Principe está desenvolvendo. Se me der uma terceira chance, como avaliar? O que tu farias de diferente? Eu faria tudo de diferente se eu soubesse que a coisa fosse melhor. Inclusive me trocava. As coisas tem que acontecer. Talvez seja tempo de dar - completou.