Corinthians teve vitória merecida, mas correu riscos desnecessários
Triunfo por 1 a 0 sobre a Chapecoense foi justo pelo que as equipes apresentaram em campo. No entanto, Timão poderia ter se soltado mais e recuou excessivamente no fim
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A cada partida fica cada vez mais difícil não enxergar a evolução do Corinthians e não foi diferente na vitória por 1 a 0 sobre a Chapecoense, na última quinta-feira. No entanto, novamente ficou nítido que havia a possibilidade de dar um passo a mais em termos ofensivos, principalmente diante de um adversário frágil. Não havia necessidade de tamanha precaução, que atraiu riscos no fim.
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Sylvinho, definitivamente, vem tendo um papel fundamental para deixar o Timão tão organizado e sólido defensivamente, o que resulta na menor média de gols sofridos do Brasileirão até aqui (0,7 por jogo). Um time assim fica muito mais próximo da vitória do que qualquer outro, como bem disse o zagueiro João Victor em entrevista coletiva recentemente. Contudo, a equipe ainda esbarra no desenvolvimento do setor ofensivo, que tem repertório limitado.
Embora tenha ficado mais com a bola no primeiro tempo, foram poucos os lances de perigo e o time insistiu em fazer jogadas por um só lado, excepcionalmente o esquerdo, já que é o direito, com Mosquito, que é o mais utilizado normalmente. No entanto, pouco foi desenvolvido e os laterais, principalmente Fagner, pouco ajudaram na construção ofensiva.
Nesse aspecto, diante da fragilidade da Chape, fica difícil entender o porquê de segurar tanto o time, ainda mais mantendo pelo menos três jogadores de meio-campo que fazem a recomposição. No segundo tempo, quando Cantillo saiu, mais uma vez Sylvinho agiu de forma inexplicável, colocando Xavier, um jogador puro de marcação, em momento que havia espaço para ousar.
O gol saiu alguns minutos depois, em lance com participação de Mosquito, Gabriel e movimento primoroso de Jô para marcar. As individualidades falaram mais alto e finalmente superaram o fraquíssimo time catarinense, que mostrava pouco poder de fogo e uma enorme incapacidade de reagir.
No entanto, mesmo colocando jogadores de ataque com gás novo (Marquinhos e Adson), o Corinthians recuou demais, atraindo a Chapecoense, que não tinha mais nada a perder. Mesmo que de forma desorganizada e sem muita qualidade, a equipe da casa levou perigo pelo menos duas vezes em chutes de Foguinho de fora da área. Ambos evitados com belas defesas de Cássio.
Foi um risco desnecessário, em uma partida em que o Timão tinha ampla capacidade e condições de aumentar a vantagem no placar, e evitar que a Chape pudesse chegar perto do gol. A vitória corintiana foi justíssima, mas não havia motivo para manter o time com características defensivas. Diante de um adversário melhor, certamente haveria uma complicação fatal para a equipe.
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