Tite pede evolução dos dirigentes, projeta 2016 e não esquece sonho europeu
Eleito melhor treinador do ano em eleição promovida pela CBF, técnico campeão brasileiro criticou mandatários de clubes por não darem continuidade aos trabalhos dos treinadores
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O momento não é só de comemoração para Tite. Apesar do título brasileiro com o Corinthians e de estar presente, como melhor treinador, em várias premiações individuais, incluindo a Seleção do LANCE!, com pontuação média de 6,5 ao longo do Brasileirão, o técnico do Timão não é só alegria. Na noite desta segunda (7), o comandante corintiano demonstrou até certa irritação ao criticar os dirigentes do futebol brasileiro por não darem continuidade aos trabalhos dos treinadores. Segundo Tite, falta capacidade e conhecimento para os mandatários de clubes no Brasil:
- Quanto mais capacidade de escolher os profissionais, mais conhecimento eles tiverem, mais possibilidade de permanência dos técnicos vai acontecer. Isso (demitir rapidamente o treinador) é uma assinatura de incompetência de quem comanda. Se a cada insucesso, se a cada 17 jogos você manda um técnico embora, o problema não é do técnico, porque não dá pra avaliar. O problema é de quem comanda, que não dá suporte suficiente para o trabalho. Falta até redirecionar. Falta até o dirigente sentar na mesa e cobrar: "O que tá faltando?". Por que tu não faz o seguinte: "Tu precisa de mais um armador? A gente vai trazer. Está precisando corrigir disciplinarmente? Então vamos fazer". Só vai mudar quando os dirigente mudarem - atacou o treinador em entrevista ao canal por assinatura Sportv durante a premiação promovida pela CBF aos melhores do Brasileirão.
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Mesmo quando tirou os olhos do futebol brasileiro como um todo para voltá-los ao Corinthians, Tite não ficou apenas na comemoração. Ele já começou a planejar a próxima temporada. O treinador já imagina, inclusive, quanto tempo terá para que a equipe volte a jogar o futebol de campeão apresentado no Campeonato Brasileiro deste ano e antecipa: vai priorizar a Libertadores quando necessário.
- O calendário permite a retomada do nível de futebol em que a gente estava agora. O Campeonato Paulista vai nos proporcionar isso. E a prioridade nesse momento é a Libertadores. Se tiver jogos próximos, a prioridade vai ser sempre a Libertadores - projetou o treinador.
Laureado e extremamente valorizado após mais uma conquista à frente do Timão, Tite já declarou recentemente que, no atual momento, pensaria bastante antes de trocar o trabalho no clube paulista por uma chance na seleção brasileira, por exemplo. No entanto, a vontade de comandar uma equipe europeia ainda passa pela cabeça do técnico.
- Italiana, de preferência, porque tenho domínio da língua. Minhas origens são italianas. Depois do fim do contrato com o Corinthians, se tiver essa oportunidade, vou querer sim - encerrou Tite.
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