Romero corre risco de perder a vaga de titular em meio à crise de resultados que colocou em xeque a liderança do Corinthians no Campeonato Brasileiro. A principal razão para esta possibilidade é a ineficiência da produção ofensiva do paraguaio, que já não participa de gols há mais de cem dias (ou 21 jogos) - a última assistência saiu para Guilherme Arana no lance do segundo gol contra o Palmeiras, em 12 de julho, ainda pela 13ª rodada da competição.
Se a última assistência já está quase completando um turno, o último gol é de data ainda mais antiga: 11 de junho, na vitória por 3 a 2 diante do São Paulo, pela sexta rodada do Brasileiro. Indiretamente, Romero participou pela última vez de uma jogada perigosa no clássico do segundo turno contra o São Paulo, quando recebeu cruzamento de Rodriguinho na área e chutou para defesa de Sidão. No rebote, Denilson errou e Clayson fez o gol para o 1 a 1 no Morumbi.
Anteriormente, a titularidade de Romero era explicada pelo cumprimento de função tática, pois ele é bom marcador e participava da recomposição defensiva, ajudando Arana a deter as subidas de pontas e laterais adversários. No segundo turno do Brasileirão, porém, os números da defesa corintiana despencaram para uma média de um gol sofrido por jogo e saldo de menos quatro após 12 rodadas.
Com o aumento da responsabilidade ofensiva, o paraguaio decepcionou. O ápice do novo status na equipe foi a derrota por 2 a 1 contra o Botafogo, quando Romero perdeu a condição de titular para Marquinhos Gabriel. Ele saiu do banco de reservas no intervalo e, mesmo sem chamar atenção, voltou à equipe na partida seguinte, diante da Ponte Preta, quando o Timão novamente foi derrotado sem atuação convincente do camisa 11.
Romero tem cinco gols e quatro assistências em 53 partidas na temporada, sendo 46 como titular. Seu principal concorrente pela titularidade é Clayson, que jogou apenas 24 vezes (sete desde o início) e participou de oito gols contra nove do paraguaio em menos que o dobro de partidas.