Torcida do Corinthians ignora feitos administrativos de Duílio e torna ‘fim da gestão’ melancólico

Com período eleitoral do Corinthians se aproximando, nem pontos positivos podem ajudar na popularidade do dirigente atual

imagem cameraNos últimos 36 anos, nenhum presidente encerrou a gestão sem títulos (Foto: Rodrigo Coca/Agência Corinthians)
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Izabella Giannola
São Paulo (SP)
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Vitor Coelho Palhares
São Paulo (SP)
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Fábio Lázaro
São Paulo (SP)
Dia 24/10/2023
06:01
Atualizado em 24/10/2023
07:35
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Nas vésperas das eleições, o clima segue quente nos bastidores do Corinthians e, principalmente, com a torcida alvinegra. Com futuro incerto e sem favoritos, a gestão Duílio Monteiro Alves segue pressionada, principalmente pelos resultados ruins que o time tem apresentado. E nem mesmo os 'tópicos bons' deste período garantem certa estabilidade para o dirigente.

No Campeonato Brasileiro, tranquilidade é algo que passa longe. Apático em casa, se despediu da rodada do final de semana com um empate que aconteceu ao apagar das luzes, após sufoco contra o América-MG, time lanterna da competição e praticamente rebaixado.

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Neste contexto, Duílio pode tentar esbarrar em alguns argumentos de acontecimentos que 'apaziguam' a situação enfrentada nos internos do time. Um dos grandes exemplos diz respeito a um velho problema do Corinthians nos últimos anos: as dívidas.

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Em junho deste ano, o presidente Duílio Monteiro Alves revelou que desde o início de seu mandato, em janeiro de 2021, a diretoria já pagou mais de R$ 250 milhões entre processos judiciais e casos na Fifa. E ao que tudo indica segundo as palavras do dirigente, estes processos dizem respeito a 'muitos acordos feitos no passado e que se não forem cumpridos causam prejuízos maiores ao clube'.

- Muito se falou de transfer ban, que o Corinthians não pagou as contas. O Corinthians pagou mais de 250 milhões de contas na minha gestão, entre processos e Fifa. Esse dinheiro tem que ser pago, assim como muitos acordos feitos no passado e que se não forem cumpridos causam prejuízos maiores ao clube. Não quero que o próximo presidente passe por isso - disse o mandatário corintiano ao programa Os Donos da Bola, da Bandeirantes.

Em 2022, o Corinthians alcançou seu maior faturamento da história, com R$ 770 milhões. Tais números foram impulsionados pelo retorno da bilheteria na Arena pós-pandemia e a performance esportiva, principalmente na Copa do Brasil, onde o clube foi finalista. Mas como visto neste ano, a situação é completamente diferente.

Mas não somente isso poderia ter funcionado como um 'trampolim' para ajudar na popularidade de Duílio. O presidente até tentou ultrapassar de forma considerável os valores estabelecidos para as vendas de jogadores, em comparação ao que foi visto em seu último ano de presidência.

Duílio vai para o seus últimos momentos nesta gestão (Foto: Rodrigo Coca/Agência Corinthians)

Polêmicas balançam confiança
Um show terminando sem aplausos? Os últimos momentos de Duílio Monteiro Alves, antes deste período eleitoral e de uma definição para o futuro, estão repletos de polêmicas.

Uma das mais recentes e emblemáticas é sobre a vinda de Mano Menezes. Se adaptando e com um trabalho muito bem visto pelos jogadores e pela comissão, Duílio chegou a 'viralizar' após uma mensagem vazada mostrar uma fala sua alegando que Mano não seria técnico do time enquanto ele estivesse à frente do comando alvinegro.

Além disso, ainda se ligando aos tópicos anteriores sobre vendas de jogadores, algumas atitudes do atual dirigente chamaram atenção nos últimos meses. Mesmo com os R$ 200 milhões arrecadados com as vendas, algumas negociações, como 'pacotão' do Zenit, na Rússia, foram questionadas sobre valores muito abaixo que o esperado.

Mas um dos principais pontos: dos 36 anos, pode ser o primeiro presidente do Corinthians a deixar o time sem conquistar nenhum título. A última vez que um presidente deixou o Timão sem nenhuma taça foi há 36 anos. No caso, na gestão de Roberto Pasqua, que comandou o clube entre 1985 e 1987. 

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