Corinthians vai para cima do árbitro, e Balbuena relata raiva em campo

Jogadores não aceitaram a atuação do uruguaio Leodan González, que expulsou Rodriguinho e Jô no 0 a 0 ante o Racing, na Argentina, que eliminou time da Sul-Americana

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Bastou apitar o fim do 0 a 0 que custou a eliminação do Corinthians na Copa Sul-Americana para Leodan González ser cercado e intensamente xingado pelos comandados de Fábio Carille. Os jogadores do time brasileiro não se conformam com a atuação do árbitro uruguaio, que expulsou Rodriguinho e Jô no empate sem gols que classificou o Racing, na Argentina.

O Timão deixa a competição por ter sofrido gol em casa, no 1 a 1 da ida, em Itaquera. Mas se irritaram, principalmente, pelo cartão vermelho direto mostrado a Rodriguinho, que ficou cerca de dois minutos em campo antes de dar uma solada em González - Jô foi expulso levando o segundo amarelo, já no fim da partida dessa quarta-feira.

O goleiro Cássio nem quis dar entrevistas no gramado, alegando que acabaria "falando besteira". Coube a Balbuena, capitão nesta noite e em todas as partidas da equipe na Sul-Americana, definir um sentimento de raiva que ele disse dominar o time por conta do árbitro.

- Foi muito caseiro, como vocês chamam. Muitas faltas ele dava a favor deles, foi muito evidente, todos os lances eram contra nós, não adiantava falar com eles. Foi muito exigente, é difícil jogar assim. O jogo saiu do controle dele. Eu falei que eles estavam batendo muito, e ele não dava cartão. Na nossa falta, ele dava cartão - reclamou o paraguaio.

- O Racing não precisava disso, dessa ajuda do juiz, mas ficamos com raiva nesse sentido. O espetáculo não precisava disso, acho que o Racing poderia classificar tranquilamente sem essa ajuda da arbitragem - prosseguiu o zagueiro, já apontando o Brasileiro, no qual o Corinthians é líder com dez pontos de vantagem, como grande meta no ano, pois é o único torneio que restou ao clube em 2017.

- Fizemos nosso melhor, mas não deu. Agora é focar no Brasileiro, que ainda tem muita coisa pela frente. Temos que continuar, bola para frente, temos que pensar no Brasileiro - traçou Balbuena.

Já na zona mista do El Cilindro, outros jogadores também criticaram e usaram palavras como "tendenciosa". O diretor de futebol Flávio Adauto, por exemplo, chamou o juiz de "manhoso" e classificou a arbitragem como horrorosa. 

- É um dos melhores exemplo da qualidade da arbitragem na América do Sul. É caseiro, não tem grandes erros, mas vai amarrando, não deixa o jogo fluir. Não tem um erro crasso para falar, mas não deixa o jogo fluir. Dá quatro minutos de acréscimo e não teve um de jogo. Talvez um problema é que a gente não fala espanhol. Lamentamos, perdemos a classificação, mas sabemos que o time se dedicou e lutou bastante. Agora é pensar no jogo contra o São Paulo. Não adianta ficar chorando, apesar da revolta dos jogadores. Qual a grande falha do árbitro? É a somatória de dezenas de pequenas falhas que ele sabe amarrar. Ele sabe ser manhoso, é o típico árbitro latino americano: manhoso, fazedor de média e que sai como se nada tivesse acontecido, sem um grande erro para apontar. Eles são verdadeiros artistas por terminarem o jogo bem, mas quem entende de arbitragem sabe que ele foi horrível e não tem um grande erro para apontar. Eles fazem isso sempre - afirmou Adauto.

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