O Corinthians superou um gol anulado aos três minutos do primeiro tempo e venceu o Cuiabá por 2 a 0, em duelo válido pela 29ª rodada do Brasileirão. Durante sua coletiva, o técnico Vítor Pereira lamentou o gol sofrido nos minutos iniciais e pediu mais atenção para que a equipe não volte a cometer erros que já assombraram o time na temporada.
+ 'Trio parada dura' do Corinthians brilha em vitória sobre o Cuiabá
- Não é falta de alertas, eu garanto, de ser fundamental entrar para ganhar. Nos alertamos muito o fato de ser importantíssimo que a vantagem fosse nossa. Não é o primeiro, já foram vários, é um aspecto que precisamos corrigir. Entrarmos pressionantes, viemos para ganhar o jogo, não sei o que dizer, precisamos corrigir, é algo coletivo, algo de concentração. Não sei exatamente o que é que aconteceu, mas não pode acontecer - ponderou o treinador.
Ainda sobre o jogo, Vítor reconheceu a oscilação da equipe, mas ressaltou que o resultado foi justo.
- Nós fizemos, no meu entender, o que tínhamos que fazer. Na primeira parte, alguns períodos de bom futebol e, em outros, senti a equipe sem aquela intensidade que eu gostaria, porque jogamos há poucos dias, principalmente defensivamente. Mas controlamos bem o jogo, a segunda parte foi isso, não andar tanto em transições, mas acho que fizemos o que tínhamos que fazer, ganhamos de 2 a 0, tivemos outra chance, mas o resultado está justo - analisou.
+ Veja tabela e simule as próximas rodadas do Brasileirão
O treinador também falou sobre a boa fase de Róger Guedes, artilheiro da equipe na temporada com 13 gols, e que novamente balançou as redes.
- O Róger pode jogar por fora e por dentro, ele já percebeu isso, mas alternamos isso porque senão se torna previsível, começa a percorrer outros caminhos. Eu acredito que ele pode expressar muito mais o que ele pode fazer. Fez um belíssimo gol, deu um passe para o Renato no primeiro gol, fez uma tabela linda com o Vital… Ele tem essa mobilidade e tem que saber aproveitar - disse.
VEJA OUTROS TRECHOS DA ENTREVISTA DE VÍTOR PEREIRA
CORREÇÕES EM RELAÇÃO AO JOGO CONTRA O ATLÉTICO-GO
Jogamos, no outro jogo, com os extremos por dentro, com os laterais deles saltando alto. Depois, jogamos com nossos laterais à frente, por trás da linha de atacante deles, ou seja, sou facilmente pressionado. Essas foram duas questões que precisaram ser resolvidas para esse jogo, esses foram os problemas do outro jogo. Eu posso dizer que não estava à espera, fui surpreendido, pois eles nunca tinham jogado assim durante todo o campeonato (o Atlético-GO).
MOSQUITO E ADSON
São dois jogadores com características completamente diferentes. O Gustavo é mais de espaço, mais rápido. O Adson é mais de bola no pé, de jogar, ficar com a bola. Nós não vamos poder fazer esse campeonato só com o Gustavo, também precisamos ter o Adson preparado. Também tem a ver com capacidade de recuperação de cada um. Gustavo tem alguma dificuldade de recuperar
CONFIANÇA PARA COPA DO BRASIL
É melhor trabalhar sobre vitórias do que em cima de derrotas. A derrota tira confiança e gera desconfiança uns nos outros, até no treinador. Eu gosto de vitórias consistentes, não de jogos descontrolados, que eles podem marcar, nós podemos, como no último jogo. Como gosto da minha equipe organizada, consistente, foi um jogo que me deixou incomodado. Hoje foi mais consistente, apesar de achar que, no processo defensivo, temos que ser melhores ainda. No ofensivo também, claramente, mas conseguimos gerir mais o jogo.
FORÇA DA FIEL
Ao contrário do que alguns pensam, eu sinto que tem um papel determinante. É claro que a equipe tem que ajudar, mas eu sinto que os jogadores… Essa energia que vem de fora dá a sensação que é um vírus que contamina, mas provém os jogadores. A grande diferença dessa torcida é que apoia do primeiro ao último minuto, nunca vi. Depois podem xingar. Eles são capazes de apoiar mais quando toma um gol, não vi em lugar nenhum. Por isso essa torcida é especial. (Os torcedores) São determinantes para o resto do Brasileirão e para a final que vamos jogar.
JUVENTUDE
É um local de difícil acesso, mas não vamos a pé (risos). Eu gosto de criar um script, eu não gosto de ter jogadores só para determinados jogos. Somos uma equipe, viajamos juntos, apoiamos juntos, eles têm que estar juntos. Alguns vão ter que jogar de início, quem está de fora também apoia, espírito de equipe. Eu gosto de promover esse espírito, não é porque a viagem é longa… Não gosto disso. A única vez que deixei jogadores de fora foi contra o Palmeiras, porque estavam com gripe.
SUBSTITUIÇÃO DE BALBUENA APÓS O INTERVALO
O Balbuena jogou os dois jogos na seleção (paraguaia), veio com o adutor um pouco, um mal-estar… E nós tentamos perceber se era possível jogar ou não, mas, no intervalo, estava um pouco carregado e ele saiu, para não corrermos riscos.