Vítor Pereira se enerva com pergunta sobre campanha do Corinthians e explica os ‘medalhões’ no banco

Técnico do Timão admitiu que o time foi competitivo até sofrer o gol e explicou suas escolhas na escalação titular da equipe corintiana

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Antes da eliminação para o Flamengo no jogo de volta das quartas de final da Libertadores, Vítor Pereira foi muito criticado pela escalação do Corinthians no Maracanã, com uma zaga que não tinha jogado junto, três volantes e alguns 'medalhões' no banco, como Balbuena, Gil, Renato Augusto e Róger Guedes. O técnico se mostrou bastante incomodado com algumas perguntas durante a entrevista coletiva após o jogo e se enervou quando questionado sobre a campanha do Timão na competição continental. 


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Visivelmente incomodado com os questionamentos acerca do onze inicial, o treinador explicou que teve que deixar algumas peças no banco pelo desgaste acumulado do time na temporada.

- Não podemos jogar com uma equipe e depois tirar e por outra. Como tivemos de jogar há três dias atrás, terreno pesado, senti que alguns deles foram ao limite do desgaste. Só quem não sabe nada de futebol, que nunca esteve dentro do futebol, a treinar com a intensidade de agora, não entende porque tive que fazer gestão. Hoje seriam incapazes de pressionar e acelerar o jogo como eu quero. Queria jogar com eles de três em três dias, mas é impossível recuperar - disparou o português, que não mostrou arrependimento na tática e escolhas para o jogo contra o Flamengo.

- Nosso trabalho é competente, rigoroso, se temos que fazer gestão é porque sinto que o jogador não está em condições de estar em seu melhor nível. Quem trabalha com consciência, não tem nada de arrepender. Orgulhoso do que a minha equipe fez. Estrategicamente, o jogo foi bem trabalhado até o gol deles. Há uma quebra e desorganização, até aí estávamos a causar problemas ao Flamengo - ponderou.

Seguindo no tema da não utilização de alguns 'medalhões', Vítor Pereira mais uma vez esbravejou sobre a utilização dos atletas, especialmente quando foi questionado sobre não ter começado com Giuliano no meio-campo.

- Quais são os medalhões que deveriam ter entrado? Giuliano tem jogado todos os jogos. Quando joga é criticado, quando não joga, deveria estar dentro. Não entendo as pessoas, respeito mas não entendo. Quando não se ganha, todos resolvem, menos o treinador - afirmou.

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Ao ser questionado sobre o balanço do clube na Libertadores - que contou com apenas duas vitórias do Timão e cinco gols marcados - o  treinador corintiano ressaltou o feito que conquistou ao colocar o Time do Povo novamente nas quartas de final após 10 anos.

- Vou colocar uma questão: quando o Corinthians chegou a essa fase? Quanto tempo não chegava a essa fase: 10 anos. Quantos jogadores o Corinthians teve fora durante essa Libertadores? Tivemos à uma altura 10 jogadores fora. Foi eliminado por quem? Flamengo, que tem um elenco, não podemos comparar uma coisa com a outra - esbravejou o comandante.

Vítor Pereira também analisou a partida e disse que sua equipe foi competitiva até o gol de Pedro e a expulsão de Bruno Méndez.

- Foi um jogo competitivo, fizemos um bom jogo, pressionamos de forma organizada, ligamos corredores, criamos problemas, faltou definição no último terço, até o gol. No gol, evidentemente, com uma desvantagem grande, a eliminatória se resolveu na segunda parte, no nosso estádio. Depois do gol e expulsão, seria quase impossível reverter a situação. Aqui, Mão na bola deu expulsão, e nossa casa tivemos mão na bola no primeiro gol deles, e não deu nada. Não foi por aí. No nosso melhor período, na segunda parte, sofremos o gol.

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FADIGA RENATO

- Já tivemos exemplos de jogar a três dias e os jogadores não responderem. O Renato tem que ter cuidado, teve lesão, paragem longa, jogou 30 minutos no último jogo, hoje jogou 45 minutos, tem que ter cuidado.

FADIGA BALBUENA
- Balbuena cansado, no último jogo foi evidente, está em uma sequência, está debaixo de fadiga. Por isso alguns erros, que não são normais nele, está cansado. Foi necessário jogar jogos seguidos. Há uma ou outra situação nele nos últimos jogos, que não é normal nele, porque debaixo de fadiga todo mundo falha. Gil veio de lesão, jogou há três dias atrás, não acredito que hoje pudesse jogar fresco.

RÓGER GUEDES TER INICIADO NO BANCO
- Roger foi ao limite, não podíamos vir aqui desequilibrados contra essa equipe. Fizemos as coisas a perceber o momento certo para arriscar no momento certo e tentar ganhar o jogo. Levamos o gol. O Roger, depois do jogo que fez, não acredito que estivesse fresco, em condições de pressionar, com capacidade nesse jogo. Os laterais foram à exaustão, jogaram o último jogo.

OPINIÕES DIVERGENTES SOBRE OS JOGOS DO CORINTHIANS CONTRA O FLAMENGO
- Não deixou que achem que o Corinthians joga pouco. Até o gol, o Corinthians bateu de igual com o Flamengo. Na primeira parte do jogo, em casa, o Flamengo não foi melhor do que o Corinthians. ‘Flamengo jogou bem e o Corinthians mal’, isso não. Muitos de vocês catalogaram que o Corinthians jogava mal, e ficaram reféns disso, e não conseguem falar quando joga bem. Continuaram a dizer o mesmo. Hoje jogamos bem até o gol e expulsão. Se disserem que jogamos mal, é porque veem um futebol diferente do meu.

RÓGER GUEDES E YURI ALBERTO NO ATAQUE
- Se os dois juntos não derem o equilíbrio que pretendo, há jogos que podem jogar juntos, mas há outros jogos que não sinto a equipe equilibrada com eles.

MAIS TEMPO PARA TREINAR COM ELIMINAÇÃO
- Preferia ter jogo. Jogar melhor tem haver com treinar, treinar melhor resulta em jogar melhor. Tendo duas semanas de trabalho, penso que é possível corrigir alguns pormenores, dinamizar a equipe

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