Volante Gabriel vê Dérbi como ‘divisor de águas’ para o Corinthians

Volante fala sobre a dificuldade de enfrentar o maior rival no Pacaembu, mas garante que o Timão está pronto para guerrear e buscar a vitória fora de casa no Dérbi Paulista 

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Sábado, às 19h, o estádio do Pacaembu recebe o clássico entre Corinthians e Palmeiras, uma das maiores rivalidades do futebol brasileiro, em jogo válido pela 32ª rodada do Campeonato Brasileiro. Ciente da importância de uma vitória no Dérbi, o volante Gabriel garante que o Timão está pronto para guerrear com seu rival, mas sem perder a concentração durante a partida. 

- É um clássico, é um divisor de águas para as duas equipes. A gente vive isso e tenho certeza que eu e minha equipe vamos fazer de tudo para vencer. Vamos respeitar o adversário, claro, mas vamos primeiro respeitar a nossa camisa. Pode ter certeza que o Corinthians vai guerrear - afirmou o meio-campista.

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Enquanto o Palmeiras ainda mantém viva a esperança do título nacional, o Corinthians briga por uma vaga na Copa Libertadores do ano que vem. Depois de amargar uma sequência de oito jogos sem nem um triunfo sequer no Brasileirão, o Alvinegro retomou o caminho das vitórias no meio desta semana. Agora, o objetivo é não deixar o ritmo cair. 

- Ficamos muito felizes de viver esse clássico, esse momento, a gente sabe o tamanho que ele tem. Lógico que é um campeonato à parte, mas estamos preparados para fazer um grande jogo, mentalmente forte, ele (Dyego Coelho, técnico interino) conseguiu resgatar essa faísca que os jogadores têm que ter, procurar dar sequência ao trabalho para a gente e chegar concentrado e fazer um grande jogo e buscar a vitória do começo ao fim  - explicou Gabriel.

Campeão brasileiro com o Palmeiras em 2016, o hoje volante do Timão ainda explicou que sua preparação para o Dérbi é diferente dos demais jogos. Além da pressão da torcida adversária - vale lembrar que o clássico não terá a presença de corintianos no estádio -, o meio-campista lembrou que há pressão também dentro de campo quando os rivais se enfrentam. 

- Concentrar, estar mentalmente forte. A minha (preparação) para esse jogo é um pouco diferente. Quando vamos jogar lá a pressão é um pouco maior em cima de mim. A minha preparação é muito forte. Desde que acabou o jogo do Fortaleza, já viramos a chave para pensarmos no clássico.
 
O Corinthians está na sexta colocação do Campeonato Brasileiro, com 48 pontos ganhos. Já o Palmeiras, mandante do Dérbi deste fim de semana, é o vice-líder, com 66 pontos - oito a menos que o líder Flamengo. Vale lembrar que o Alviverde poupou alguns de seus jogadores no meio desta semana, quando a equipe venceu o Vasco, por 2 a 1, em São Januário. 

Confira outros trechos da entrevista coletiva de Gabriel:

Sobre a contratação de Tiago Nunes e o trabalho com Dyego Coelho 
Acho que não vai ser muito diferente. Essa pressão, essa responsabilidade. Quem joga no Corinthians tem que saber lidar com isso. Não vai ser diferente. Tenho certeza que o grupo vai conseguir agradar os dois treinadores, a nação para conseguirmos 

Ainda sobre Tiago Nunes
A gente vê o trabalho dele. É muito bem feito no Athletico. Um time que quando nós enfrentamos foi muito difícil jogar contra. Tem uma saída de bola interessante, um volume de jogo muito grande. Dá para notar na equipe que ele treinou. O Corinthians e os jogadores vão recebê-lo de braços abertos. Os jogadores aqui querem aprender, querem estar aqui em todos os momentos. Foi uma decisão importante da diretoria. O futebol brasileiro é resultado e todo mundo sabe. Vamos fazer de tudo para que isso aconteça. 

Sobre jogar no Pacaembu e não no Allianz Parque
Um campo que o Corinthians gosta de jogar. O Corinthians venceu muito ali no Pacaembu. Há alguns, o Pacaembu era a nossa casa. Temos que estar concentrados para podermos vencer. Lógico que o Pacaembu é um lugar que o Corinthians gosta de ganhar e espero que seja assim amanhã. 

O que o Corinthians fará para surpreender o Palmeiras?
O que nós vamos fazer para surpreender, eu não vou falar porque é surpresa (risos). Esse jogo vale muito para a gente. Ganhando esse jogo, acabam fluindo as coisas. É lógico que essa vitória é importante. Vamos trabalhar ainda nesta tarde para criarmos algumas coisas diferentes para surpreendermos o adversário. O Corinthians vai entrar para ganhar. 

O fato do Corinthians ter um novo técnico, mas que ainda não trabalha com o elenco pode prejudicar o trabalho de vocês?
Realmente é uma pergunta até delicada. A gente não sabe como foi o planejamento, a conversa dele com a diretoria. O Coelho acabou de chegar, nós implementamos uma forma de jogo que acabou surtindo efeito. É complicado você voltar a ganhar depois de oito partidas e depois ter que mudar de novo. O Tiago é o treinador do Corinthians, mas até o fim do ano vamos trabalhar com o Coelho. Vamos pôr em prática o que o Coelho pedir para conseguir a vitória nesse clássico. 

Posicionamento exigido por Dyego Coelho te cansa mais?
Pelo menos ali em campo, senti que foi um jogo que acabei correndo mais mesmo. Independente da situação, tem que ser todo jogo assim. Aquela faísca que vinha faltando, não faltando nos jogos, mas nos resultados. Isso acaba tirando a confiança da equipe. Essa metodologia do Coelho do perde-pressiona é importante. As equipes adversárias sentem a pressão. Vamos tentar manter isso. Vamos treinar hoje de tarde para ver qual vai ser a proposta de jogo, mas sem dúvidas o Corinthians entra para ganhar. 

Mudanças no estilo de jogo 
Mudou sim. É o estilo do Coelho, um estilo de pegada. Esse tem que ser mesmo o espírito até mesmo para mudar a chave que vínhamos tendo. Realmente, o treino mudou. Não chegamos cansados no jogo. Os preparadores físicos estão aí para isso. A intensidade do treino não nos cansa, ela nos prepara para o jogo. 

Possíveis novas mudanças com Tiago Nunes
Todos os jogadores que estão aqui têm capacidade para isso. Vai do posicionamento e do treinamento específico para isso. Pode ter certeza que a gente vai trabalhar isso. Tenho certeza que o Tiago vai chegar com uma metodologia um pouco diferente do que estávamos tendo, não quero dizer que o que vinha acontecendo até porque deu resultado, deu título. Vivemos do futebol e temos que crescer nesse aspecto. 

A quantidade de gols sofridos nos últimos jogos preocupa?

Um foi de bola parada, de rebote na bola parada. O outro foi um contra-ataque deles. Como você disse, nós fizemos três gols. Mas eram oito jogos sem ganhar e nós tomamos o primeiro gol, não nos abatemos e fomos para isso. É um ponto positivo. Tem que ser uma equipe chata em campo como sempre fomos. Voltar com o que vinha tendo nesse aspecto da faísca, como costumamos dizer.

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