Corinthians volta a atrasar salários para o elenco; dívida é de dois meses

Clube havia quitado dívida de três meses no início de setembro, porém de lá para cá não honrou com os compromissos mais recentes. Dinheiro de Pedrinho ainda é esperado

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Como se não bastasse o momento complicado dentro das quatro linhas, o Corinthians voltou a conviver com um assunto incômodo fora de campo: atrasos salariais. Mais uma vez nesta temporada, o clube acumula dívida de mais de um mês de salários com o elenco. A informação foi divulgada primeiramente pelo "Meu Timão" e confirmada pelo LANCE!.

Os compromisso mensais não pagos pelo Timão, desta vez, são referentes aos meses trabalhados de agosto (pagamento em setembro) e setembro (pagamento em outubro). Segundo apurou a reportagem, tudo isso já havia sido conversado com os jogadores, que também já sabem a data prevista para a regularização desses valores. Elenco confia na transparência da diretoria.

Em setembro, quando havia três meses de salários atrasados acumulados, referentes a março, junho e julho, que ficaram em atraso por conta dos efeitos da paralisação pela pandemia de coronavírus, o clube quitou o valor por conta da venda de Carlos Augusto ao Monza-ITA, por 4 milhões de euros (R$ 25 milhões na cotação da época), que foi depositado à vista nos cofres alvinegros.

A quitação dos salários ao elenco já foi feita de forma integral, ou seja, sem os 25% de desconto acordados por conta da pandemia de coronavírus, que tiveram validade em dois meses deste ano. Vale lembrar que três meses de atraso já permite ao jogador buscar a rescisão unilateral de contrato na Justiça do Trabalho, porém não houve casos dessa natureza no elenco atual.

Um dos motivos que provocam esses atrasos é a demora para receber o dinheiro da venda de Pedrinho ao Benfica. O clube português refez o acordo com o Corinthians, e ficou de começar a pagar pelo atleta a partir do meio do ano que vem, porém com o contrato assinado, o Timão conseguiu acertar o adiantamento do valor integral junto a um banco europeu, porém esse dinheiro ainda não entrou nos cofres corintianos por razões desconhecidas.

Com quase R$ 200 milhões de déficit no ano passado, com uma dívida acumulada crescente e as consequências da pandemia de coronavírus, o Corinthians tem encontrado dificuldades de pagar salários nesta temporada. Por isso, a bolada de quase R$ 120 milhões da venda de Pedrinho seria um alívio para conseguir honrar, pelo menos, com os vencimentos do elenco.

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