O Conselho Deliberativo do Corinthians (CD) terá que votar o impeachment de Augusto Melo neste mês. O pleito foi suspenso desde a última reunião do órgão, realizada no Parque São Jorge em 20 de janeiro. Essa suspensão impede novas votações, e o Conselho precisa aprovar as contas trimestrais do clube em abril.
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Romeu Tuma Jr., presidente do Conselho Deliberativo, é o responsável por marcar a nova data. No dia 20 de janeiro, os membros do órgão aprovaram o rito de admissibilidade do impeachment, restando agora apenas a votação para a decisão sobre o afastamento.
A última votação foi marcada por grande confusão no Parque São Jorge, tanto dentro quanto fora do pleito. Membros da situação e opositores divergiram sobre como o rito de admissibilidade deveria ser votado, o que paralisou a votação por horas.
Com o evento se estendendo até a madrugada e muitos conselheiros se queixando, Romeu Tuma Jr. optou por suspender a votação com base no artigo 55 do estatuto do Corinthians.
"O CD poderá manter-se em sessão permanente, por motivo de relevância para os interesses do Corinthians desde que a metade mais um de seus componentes presentes o aprove"
Na saída, torcedores intimidaram conselheiros. Marcelinho Mariano, envolvido no caso Vai de Bet, e Sergio Janikian, foram agredidos na saída do Parque São Jorge. Augusto Melo teve que ser escoltado por seguranças e Romeu Tuma Jr. foi diversas vezes ameaçado por pessoas presentes no local.
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Segurança gera indefinição
A demora de mais de um mês na remarcação ocorre porque Romeu Tuma Jr. exige a garantia de condições seguras para a realização da votação, sem riscos de novos episódios de violência contra conselheiros.
Caso a segurança no Parque São Jorge, sede social do Corinthians, não seja garantida, membros do Conselho cogitam transferir o pleito para a Neo Química Arena. Também foi discutida a possibilidade de realizar a votação em um batalhão da Polícia Militar, mas a proposta foi rejeitada pelos conselheiros.