Sindicato de Atletas de SP ameaça ir à Justiça para interromper Brasileiro
A entidade enviou um ofício à CBF pedindo alteração nos protocolos de segurança, visto que jogos já foram adiados e atletas estão testando positivo para a doença; confira nota
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Com o coronavírus ainda sendo uma realidade no país, o Sindicado de Atletas de São Paulo ameaça ir à Justiça para pedir a paralisação do Campeonato Brasileiro, iniciado no último final de semana, caso a CBF não modifique os protocolos de segurança previstos no retorno da modalidade.
No ofício enviado à entidade, o Sindicato aponta duas opções para a realização do torneio: isolamento das delegações por até sete dias antes dos compromissos em campo (a exemplo do que aconteceu na Alemanha) e/ou a criação de uma “bolha” para que os atletas não sejam prejudicados (caso da NBA, que está confinada em Orlando).
– Assim, ou isola as delegações por uma quantidade de dias antes de cada partida, quantidade de dias que seja capaz da obtenção dos resultados das testagens de forma segura, ou se cria a “bolha” e isola de vez delegações durante toda a competição – diz o documento.
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O ofício vem em um momento complicado no futebol do país. No final de semana, deu-se o pontapé inicial no Campeonato Brasileiro, porém, o jogo entre Goiás e São Paulo, no domingo, acabou não acontecendo porque dez atletas (e depois nove, na contraprova) testaram positivo para coronavírus.
Nesta terça-feira, dois atletas do Corinthians foram afastados pelo mesmo motivo (Gil e Léo Natel), assim como do Atlético-GO (quatro casos). No jogo entre Chapecoense e CSA, pela Série B, o time alagoano perdeu 18 atletas na testagem e o compromisso foi adiado.
No documento escrito enviado à CBF, não há menção ao acionamento na Justiça, porém, no site do sindicato, o fato é mencionado. Confira abaixo a nota completa, que finaliza dizendo que “O Sindicato de Atletas SP espera que a CBF, ao menos dessa vez, surpreenda e faça a coisa certa: :
Como já se sabe, o Sindicato de Atletas SP sempre foi o responsável pelos avanços que se propõem a preservação da saúde dos atletas de todo o país, afinal São Paulo é a capital das conquistas dos atletas profissionais.
Parada para hidratação durante os jogos incluindo os campeonatos nacionais até a Copa do Mundo 2014; período de férias de 30 dias consecutivos, mudança de horário dos jogos no verão, período de pré-temporada, intervalo de descanso entre jogos de 66 horas (não o de 48 h), são conquistas resultantes de árduo trabalho de mentoria do Sindicato de Atletas SP, seja através de exaustivas negociações ou de longas disputas judiciais.
Desde o início da pandemia do Covid-19, a entidade paulista vem participando ativamente das discussões e planejamento que levaram o Campeonato Paulista da Série A1 ao seu desfecho exitoso, inclusive representado por um profissional médico de extrema qualidade, Dr. Renato Anghinah, que fez parte da equipe médica que elaborou o melhor protocolo de retorno do futebol.
Além da divisão principal, o sindicato também trabalha no planejamento para o retorno das Séries A2 e A3, e da mesma forma, tem representante na equipe médica que toma as decisões quanto aos retornos.
Os campeonatos brasileiros começaram e trouxeram desde a primeira rodada vários problemas, que mostram um alto risco de contaminação pelo coronavírus e coloca em risco tanto a saúde quanto a vida dos atletas profissionais e demais membros das equipes.
Mais uma vez, a categoria mostra que necessita da atuação do sindicato paulista por não possuir uma entidade que possa representá-la nacionalmente.
Desta forma, o Sindicato de Atletas SP enviou no dia 11 de agosto, um documento que solicita que a CBF mude sua estratégia para que os campeonatos possam prosseguir. Para isso toma por base dois exemplos utilizados e com sucesso pelo mundo: o primeiro na Alemanha, em que os jogadores se isolam e testam para o covid-19, mas com o tempo hábil para que os resultados possam ser aproveitados ou seguimos e o segundo vem da NBA americana, que isolou totalmente os jogadores e demais membros dos times para que a competição transcorra com um risco mínimo.
Portanto, na visão do Sindicato de Atletas SP e com base nas condições de nosso país, reforçada pela posição responsável da medicina, entre elas, a do próprio Dr. Renato Anghinah, o retorno do futebol brasileiro só seria possível por um desses dois caminhos.
Conforme o Secretário Geral da CBF, Walter Feldman, declarou, a prioridade é a preservação da saúde dos jogadores e o Sindicato de Atletas São Paulo espera que a solicitação (abaixo em anexo) seja atendida.
Em caso de resposta negativa, para a entidade dos jogadores paulistas não restará alternativa a não ser o já conhecido caminho do judiciário.
O Sindicato de Atletas SP espera que a CBF, ao menos dessa vez, surpreenda e faça a coisa certa.
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