Cruzeiro e América-MG encerraram uma disputa pelo atacante Vitor Roque, de 14 anos, que teria sido aliciado pelo time celeste, sendo inclusive, denunciado pelo Coelho no Ministério Público do Trabalho.
Os clubes entraram em acordo sobre a transferência do jovem jogador, que começou o ano na equipe americana, mas ao completar 14 anos, foi para o Cruzeiro. A troca de clube foi considerada aliciamento por parte do Coelho, iniciando uma disputa nos bastidores.
Raposa e Coelho vão dividir os direitos econômicos de Vitor Roque meia a meio. Destaque nas categorias de base, o jovem atacante foi o artilheiro do Campeonato Mineiro sub-14 de 2018, com oito gols,despertando atenção do Cruzeiro.
O imbróglio chegou a gerar uma exclusão do sub-15 do Cruzeiro da Nike Premier Cup, torneio de base patrocinado pela marca esportiva. A exclusão do torneio aconteceu por uma pressão do Movimento dos Clubes Formadores do Futebol Brasileiro (MCFFB), que avisou à organização do torneio sobre o modo como o Cruzeiro inscreveu Vítor na competição e ao seu elenco de jogadores sub-15. Se o Cruzeiro não fosse retirado, outros clubes sinalizaram que não participariam da competição
Entenda o caso
O jovem Vitor Hugo, jogou pelo América-MG dos 10 aos 13 anos e quando estava prestes a completar 14 anos, idade mínima permitida para assinar um contrato com entidade esportiva, não se reapresentou no Coelho no dia 4 de fevereiro e, poucos dias depois, no dia 28 do mesmo mês, já treinava no Cruzeiro. O América-MG ficou contrariado com a situação e resolveu denunciar o Cruzeiro por aliciamento de Vítor Hugo.
O atacante, tinha tratamento especial no Coelho e era tratado como uma das joias do clube, principalmente pelo seu desempenho em 2018, quando foi artilheiro do Campeonato Mineiro Sub-14, com oito gols, além da conquista da Cruzeiro Internacional Cup, na categoria sub-15.
O América -MG acionou o Cruzeiro no Ministério Público do Trabalho sobre o suposto assédio do time celeste sobre Vítor Roque, pai do menino. A intenção americana é que o MP possa avaliar o caso e verificar as irregularidades para defender os direitos do Coelho, que investiu na formação do jogador dos 10 aos 14 anos.
- O jogador estava sendo formado desde os 10 anos da idade no clube, fez uma ótima temporada em 2018 e acabou saindo pela porta dos fundos na véspera de completar 14 anos, recusando, sem qualquer justificativa, assinar o contrato com o América. O clube vai buscar a justiça e pedir uma reparação por essa conduta indevida, é o que estamos fazendo, até a última consequência, pois o futebol atual não aceita mais antiética e a imoralidade - disse Paulo Bracks , coordenador das categorias de base do América-MG, em entrevista à Rádio Itatiaia.