ANÁLISE: Derrota expõe carências e traça futuro do Cruzeiro com Diniz

Técnico enfrenta dificuldades no seu início de trabalho no Cabuloso

imagem cameraFernando Diniz comandando o Cruzeiro na final da Sul-Americana 2024 (Foto: JUAN MABROMATA/AFP)
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Lance!
Assunção (PAR)
Dia 24/11/2024
03:30
Atualizado há 4 horas
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A derrota para o Racing, na final da Sul-Americana, expôs deficiências e carências no elenco do Cruzeiro. Além disso, a alteração feita ainda no primeiro tempo, de Lucas Silva no lugar de Walace, deu uma dica do caminho que Fernando Diniz deve seguir para a próxima temporada.

➡️Cruzeiro perde para o Racing e é vice da Sul-Americana

Derrota na final da Sul-Americana

O desempenho da Raposa nos minutos iniciais da final foi desastroso. A opção por começar o jogo com Walace no meio se mostrou equivocada, visto que a equipe não controlou o meio de campo, pecou na saída de bola e, ao contrário do que se esperava, ficou com a zaga muito desguarnecida.

Com o placar desfavorável, Diniz colocou Lucas Silva no lugar de Walace, aos 29 minutos do primeiro tempo. A mexida mudou totalmente a postura do Cruzeiro em campo, e em pouco tempo, a pressão do Racing diminuiu, e a Raposa conseguiu colocar a cabeça no lugar e criar algumas oportunidades de gol.

Na segunda etapa, o Cruzeiro foi para o tudo ou nada, e aos sete minutos, diminuiu o placar com Kaio Jorge. Após o gol, o time mineiro começou a gostar do jogo e partiu para cima do Racing. A equipe de Diniz passou a ter mais volume de jogo, enquanto os argentinos apostaram no contra-ataque.

Porém, o Cruzeiro foi insuficiente e pagou o preço por ter sido dominado pelo Racing no primeiro tempo. Ao final, os argentinos mataram o jogo com Roger Martínez, que disparou sozinho e chutou cruzado sem chance para Cássio.

Jogadores do Cruzeiro caídos e os do Racing comemorando título da Sul-Americana (Foto: Jose Bogado/AFP)

Análise de Fernando Diniz no Cruzeiro

No Cruzeiro, em 11 jogos, Fernando Diniz conquistou apenas duas vitórias, empatou quatro e perdeu cinco vezes. Tal retrospecto consolida o momento ruim da Raposa e dá sinais de incompatibilidade dos jogadores com o técnico.

Caso o Cruzeiro queira vingar com Fernando Diniz, jogadores como Marlon, Walace, João Marcelo, Romero e até mesmo Cássio devem ter questionados seus lugares no time titular.

Com um estilo de jogo ousado e autoral, Diniz precisa de jogadores que tenham uma boa saída de bola, e um QI tático acima da média. Lucas Silva evidenciou isso no momento em que entrou na partida e pôs fim na bagunça que era o meio-campo do Cruzeiro, naquele momento.

No entanto, uma andorinha só não faz verão. O dono da SAF, Pedro Lourenço, terá que ir ao mercado trazer jogadores mais qualificados para exercer as funções impostas por Fernando Diniz.

Elenco do Cruzeiro antes da final da Sul-Americana 2024 (Foto: JUAN MABROMATA/AFP)

Qualidades necessárias em cada posição

  1. Goleiro: Bom como líbero e na saída de bola.
  2. Lateral: Qualidade na construção de jogadas pelo meio.
  3. Zagueiro: Rápido e bom tanto nos lançamentos, quanto nos passes curtos.
  4. Volante: Ter um passe que quebre linhas e saber controlar a velocidade do jogo.
  5. Meia: Muita técnica e criatividade.
  6. Ponta: Ser intenso, rápido e habilidoso.
  7. Atacante: Finalizador e bom construtor de jogadas.

Cabe agora à comissão administrativa e técnica encontrar jogadores com essas qualidades e identificar no elenco os atletas que não se encaixam no perfil de jogo adotado por Diniz. Além da mão-de-obra certa, o tempo será um fator crucial para o desenvolvimento do projeto.

O que vem pela frente?

Após o vice da Sul-Americana, o Cruzeiro volta as suas atenções para o Campeonato Brasileiro. Na quarta-feira (27), a Raposa enfrenta o Grêmio, às 21h (de Brasília), em partida válida pela 35ª rodada da competição.

Fernando Diniz comandando o Cruzeiro na final da Sul-Americana 2024 (Foto: JUAN MABROMATA/AFP)

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