Atenções e defeitos: os pontos fortes e fracos do Racing para duelo com o Cruzeiro

Equipe argentina enfrenta o Cabuloso em busca de seu primeiro título na competição

imagem cameraTorcida do Racing comemora classificação na Sul-Americana (Foto: Luis Robayo / AFP)
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Lucas Borges
Rio de Janeiro (RJ)
Supervisionado porPedro Werneck
Dia 23/11/2024
05:00
Atualizado há 14 horas
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Neste sábado (23), o Cruzeiro tem pela frente um dos jogos mais importantes dos últimos anos ao enfrentar o Racing, da Argentina, pela final da Sul-Americana. A equipe, sob o comando de Fernando Diniz, quer a conquista da secundária competição continental pela primeira vez em sua história no General Pablo Rojas, em Assunção, no Paraguai.

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Apesar da badalação do comandante e da expectativa do torcedor, existe uma força argentina do outro lado amplamente perigosa. "A Academia" também nunca ergueu o troféu, e aposta em estratégias alternativas às cruzeirenses pelo objetivo. Por isso, o Lance! analisou e trouxe alguns pontos fortes do time de Avellaneda nos quais o Cabuloso precisa se atentar, bem como fraquezas que podem ser exploradas.

✅ Pontos fortes do Racing para duelo com o Cruzeiro

Espera-se que o Racing vá a campo com o seu 3-5-2 tradicional, utilizando-se de algumas variações com e sem a bola. A zaga, originalmente formada por Di Cesare e García, ganhou a adição do volante Sosa entre ambos, com momentos de pressão onde o camisa 13 volta à sua posição de origem. O esquema permite que o time se retraia - ainda mais em uma final de jogo único - e aposte em estocadas sem a bola terrestre.

Lançamentos em direção aos atacantes costumam ser amplamente usados. Adrián "Maravilla" Martínez e Maxi Salas, que devem formar a dupla inicial, têm boa capacidade de receber as bolas viajadas e fazer aproximações entre si para dominar e tirar os companheiros do campo defensivo sem necessidade de transições tão rápidas.

A responsabilidade ofensiva não recai apenas sobre Martínez e Salas. As chegadas do habilidoso Juan Quintero, ex-River Plate e com nome ligado ao Flamengo há alguns anos, por trás da linha de ataque costumam render boas tabelas, assim como as subidas de Martirena e Rojas pelas alas. Com o ataque prendendo a bola, o trio tem capacidade de também chegar junto em média distância e contribuir para o perigo.

Falando em média distância, outra característica que chama atenção é a capacidade dos meio-campistas no chute em zonas que rondam a área adversária. A impressão passada é que Gustavo Costas, técnico da Academia, ordena aos seus atletas que finalizem se o espaço aparecer. Corinthians e Athletico-PR permitiram as lacunas entre suas linhas e foram vítimas: dos oito gols marcados em quatro jogos diante dos brasileiros, quatro foram de fora da área, por três atletas diferentes: Martirena (2), Salas e Almendra.

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Quintero é uma das apostas do Racing para a final da Sul-Americana, diante do Cruzeiro (Foto: Alejandro Pagni / AFP)

❌ Pontos fracos do Racing para duelo com o Cruzeiro

Na contramão, o Cruzeiro pode se aproveitar do jogo altamente centralizado do Racing. Além da marcação em bloco médio (sem subir muito as linhas, mas sem ficar preso no último terço), o time argentino costuma voltar seus cuidados para fechar o meio nas jogadas adversárias, o que pode permitir a Diniz criar situações de subida dos laterais William e Marlon para criar junto a Gabriel Veron, Matheus Henrique e Matheus Pereira pelas beiradas do campo.

Os espaços deixados nas entrelinhas também são interessantes de se explorar. Quando Sosa se coloca entre os zagueiros, Nardoni e Almendra têm dificuldades para cobrir triangulações no meio, já que Quintero tem pouca capacidade física para fazer contribuições defensivas. Com isso, Matheus Pereira pode ser uma peça importante, se estiver bem no jogo, para desequilibrar e criar espaços com a qualidade inventiva que tem em seus pés.

Caso o trabalho de bola curto na defesa - popularmente traduzido para "Dinizismo" - seja dificultado pelos argentinos, acelerar o time no ataque também é uma opção. Barreal pode ser utilizado pelos lados para impor velocidade; Kaio Jorge, em bolas longas atrás da defesa, é outra alternativa.

Kaio Jorge e Matheus Pereira são esperanças do Cruzeiro para duelo com o Racing, pela Sul-Americana (Foto: Gilson Lobo/AGIF)

O Racing parece apresentar um plano de jogo mais conciso antes de a bola rolar, muito pela diferença do tempo de trabalho. Enquanto Diniz tem apenas dez jogos à frente do Cabuloso, Costas já passou da marca de meia centena e quer coroar o trabalho com o primeiro título de Sul-Americana da sua equipe. Ainda assim, o Cruzeiro tem condições de superar as adversidades se explorar as fragilidades do "Primeiro Grande" e colocar a qualidade individual de seus atletas em campo.

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Racing e Cruzeiro decidem a final da edição de 2024 da Copa Sul-Americana às 17h (de Brasília) deste sábado, 23 de novembro. O duelo será realizado no Estádio General Pablo Rojas, em Assunção, no Paraguai.

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