Sem futebol, o máximo que o torcedor pode perceber do Cruzeiro são projeções do futuro antes da bola voltar a rolar. E, o cruzeirense está com uma boa expectativa em relação ao trabalho de Enderson Moreira, recém contratado pela Raposa. E, mesmo sem nenhuma noção de como será a reformatação do time, o treinador já deixa recados otimistas de que o time celeste será outro, com mais controle da partida, propondo o jogo.
-Precisamos competir sempre em bom nível. Vamos pegar times fechados e precisamos ter argumentos (repertório de jogadas). Se jogar por uma bola, criaríamos um sofrimento muito maior. O Cruzeiro tem que ter autoridade para buscar os resultados- disse Enderson em entrevista à Rádio Itatiaia.
O treinador sabe das limitações da Raposa e do equilíbrio da Série B. Porém, não quer o Cruzeiro reativo, esperando o rival atacar, para contra-atacar, e sim “dando as cartas” no jogo.
-Qualquer equipe da Série B pode vencer o Cruzeiro, as equipes são parecidas. Precisamos fazer um jogo em que a gente sempre busque controle da partida. Jogando para vencer, dentro e fora de casa. Que não fique esperando uma bola, uma situação de jogo. Que o Cruzeiro possa mostrar sua força na competição-explicou..
A postura de Enderson Moreira sobre como pensa a futura nova postura do Cruzeiro coincide com a pressão que ele terá de lidar, pois a Raposa vai entrar na Série B tendo a obrigação de subir para a Série A do Brasileiro, pois a queda em si para a segunda divisão, já manchou a história do clube, o que vai gerar muitas cobranças para Enderson, que já venceu a competição por Goiás, em 2012, e América-MG, em 2017.
-É uma grande responsabilidade. A gente sabe que o Cruzeiro tem obrigação de retornar à Série A, mas acima de tudo, precisamos resgatar a essência de jogo do Cruzeiro. Que o torcedor entenda que estamos caminhando num processo de retomada do jogo de qualidade, equipe técnica. Competitiva, mas que sabe fazer do aspecto técnico uma arma e uma força-explicou o treinador celeste, que ainda não teve contato direto com o grupo de jogadores devido a parada forçada do futebol pela pandemia de coronavírus.