Ídolo do Cruzeiro, Tostão teme que Raposa deixe de ser equipe grande
O ex-jogador e colunista demonstrou sua preocupação com o futuro do time celeste devido aos desmandos que vem ocorrendo dentro do clube mineiro
Ídolo eterno do Cruzeiro, o ex-jogador Tostão, símbolo de uma era de outro do clube, que se tornou um grande do futebol brasileiro quando atuou pela Raposa, está preocupado com os rumos do time celeste com o rebaixamento.
Em sua coluna no jornal “Folha de S.Paulo”, desta quarta-feira, 11 de dezembro, Tostão diz que há risco do Cruzeiro se apequenar.
-Há o risco de o Cruzeiro se tornar um clube e um time médios- publicou o ex-craque.
Tostão pede que o os dirigentes atuais da Raposa tomem medidas que possam mudar o panorama em que o clube vive no momento:
-Todos os atuais dirigentes do Cruzeiro deveriam ser substituídos por outros independentes, sem nenhum vínculo com a atual administração- disse, para em seguida falar da gestão temerária da direção.
-Os dirigentes do Cruzeiro foram incompetentes e irresponsáveis. Mais que isso, alguns são investigados pelo Ministério Público e pelas polícias Civil e Federal.
O tricampeão do mundo pela Seleção, em 1970, também não poupou o técnico Mano Menezes, por escalar reservas em vários jogos do Brasileiro, para priorizar a Copa do Brasil e a Libertadores.
-A estratégia de Mano Menezes, com o aval da diretoria, de escalar todos os reservas em várias partidas, por causa da Copa do Brasil e da Libertadores, contribuiu para o rebaixamento. Porém, mesmo com os titulares, o time não ganhava. Há vários jogadores que foram supervalorizados na época das vitórias e outros que são bons para a Série B. Mesmo assim, o elenco continua sendo elogiado- disse Tostão, que também falou de Adílson Batista.
-Eu tinha a esperança de que, nas últimas partidas, especialmente no Mineirão, haveria uma heroica vibração dos jogadores, facilitada pela estratégia de pressionar desde o início, incendiar o torcedor, o que inflamaria os atletas, criando um ciclo positivo. Era o momento de arriscar. Ocorreu o contrário. O time, contra o Palmeiras, iniciou e terminou o jogo inibido, apático, à espera do adversário.
Com todo esse cenário negativo, Tostão teme que o Cruzeiro deixe de ser um time grande do futebol nacional.
-Por causa da caótica situação financeira, há o risco, mesmo se voltar, de o Cruzeiro se tornar, em longo prazo, um clube e um time médios, como ocorreu com outros grandes no Brasil, sem condições de disputar títulos importantes, como Botafogo, Fluminense e Vasco- concluiu.