A Justiça de Minas Gerais, na figura da juíza Claudia Helena Batista, da 1ª Vara Empresarial da Comarca de Belo Horizonte, estendeu, por mais 180 dias, o prazo da recuperação judicial do Cruzeiro. Com isso, foram suspendidas todas as ações e execuções de seus credores para com o clube celeste.
Com a decisão judicial, pelo menos até esse período, a Raposa fica livre de novas penhoras, ações ou execuções. Isso porque, segundo a juíza citada, o Cruzeiro não deixou de cumprir as determinações legais do processo, e agora tem até o dia 27 de março para apresentar nova lista de credores.
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- Entendo que a manutenção dos prazos de suspensão das ações de execução deve ser prorrogada tal como requerido, de modo a salvaguardar o princípio da preservação da empresa e não prejudicar o andamento do processo - disse a magistrada.
A Justiça também negou o pedido de alguns credores, que queriam transformar o processo de recuperação judicial em falência. Nesse caso o Cruzeiro teria seus patrimônios leiloados e o dinheiro ficaria com quem possui crédito com a Associação.
Ao todo, o Cruzeiro tenta renegociar algo em torno de R$ 537 milhões com uma extensa lista de credores. Em dezembro do ano passado, o clube tinha uma Assembleia de Credores marcada, que foi suspensa também por ação judicial, já que muitos dos que a Raposa deve reclamaram dos moldes de renegociação.