"Se for pra continuar, tem que ser de forma diferente", disse Rogério Ceni em uma dura entrevista coletiva depois da goleada por 4 a 1 para o Grêmio. Foi a segunda derrota seguida do Cruzeiro por três gols de diferença - durante a semana, havia sido eliminado da Copa do Brasil com um 3 a 0 para o Inter. O início de trabalho tumultuado do técnico, que ainda não está nem há um mês no cargo, mostra, mais do que os problemas em campo, o reflexo que uma crise nos bastidores, como a vivida na Toca da Raposa, pode ter no gramado. Ceni minimizou as críticas de Thiago Neves, que reclamou da escalação no jogo pela Copa do Brasil, mas falou o tempo todo na condicional sobre sequência de trabalho. Chegou agora, mas já imagina que existe a chance de interromper a trajetória precocemente. Nas redes sociais, a torcida apoiou o treinador, até com a hashtag #FechadoComCeni. É pouco, embora a força da arquibancada tenha valor. É fundamental ter não apenas torcedores ao lado do treinador. Os jogadores mais experientes, que já são alvo de críticas, precisam mudar de atitude, como pede o treinador. São muitos os responsáveis por este péssimo momento. E a diretoria, pivô da crise, deve fazer com que os problemas nos corredores não cheguem ao vestiário. Sem paz, Rogério Ceni não terá muito a fazer e o risco de rebaixamento atormentará o time por todo o segundo turno.
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