"Havia uma grande ameaça de queda para a Série C."
"Conseguimos recuperar o time na Série B."
As duas frases estão na rápida carta de despedida de Luiz Felipe Scolari, que anunciou hoje sua despedida do Cruzeiro. E ambas escancaram ainda mais o desespero atual do clube, que jogará mais uma temporada fora da Série A.
No fim de semana, a Raposa anunciou a nova identidade visual e é emblemática a ausência da Tríplice Coroa, que remetia ao glorioso 2003, ano cada vez mais distante da realidade que se vê hoje.
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Fora da primeira divisão e sem qualquer indicativo de mudança em sua calamitosa situação financeira, o Cruzeiro abriu mão do treinador e precisará enxugar ainda mais a folha salarial de um elenco já bastante modesto. Felipão, por sua vez, parece ter dado um passo em falso. Chegou a negar o convite do clube e depois aceitou uma missão que já nasceu em meio ao caos.
O técnico, que teve o último momento de brilho no Palmeiras em 2018, transparece cada vez menos paciência com o meio e talvez busque uma oportunidade derradeira que permita encerrar a carreira com dignidade.
Ao Cruzeiro, sem forças até para celebrar seus centenário, resta continuar o caminho de longa e dolorosa reconstrução, sem ainda perspectiva de melhora significativa. O adeus de Felipão a um combalido Cruzeiro é o fim de um breve casamento acertado às pressas e sem a presença de convidados.
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