A saída do técnico Luiz Felipe Scolari, anunciada na segunda-feira, 25 de janeiro, após três meses de trabalho, foi só a última parte de uma série de desgastes entre o treinador e a diretoria do Cruzeiro.
Os atritos entre Felipão e a direção celeste eram pelas promessas não cumpridas ao treinador, como evitar atrasos salariais, mas um fato novo expôs a contrariedade do técnico com sua situação no clube: a falta de perspectivas de reforços dentro do perfil que o treinador esperava para montar um time capaz de ter força para voltar à primeira divisão.
Os nomes que Felipão desejava estavam muito além do atual patamar salarial da Raposa, que tenta equilibrar suas contas e ter um elenco mais enxuto, sem perder a competitividade e almejar o retorno à elite do futebol nacional.
Entre os nomes pretendidos pelo ex-treinador, está Wellington, que jogou até o fim de 2020 pelo Athletico-PR, mas não renovou contrato e ficou livre no mercado. Outro jogador na lista de Scolari foi do volante Thiago Santos, que atua pelo FC Dallas, na Major League (EUA) e jogou com o treinador no Palmeiras.
O ex-comandante também apresentou à diretoria como desejo, o volante Júnior Urso, ex-Atlético-MG e Corinthians, que está no Orlando City-EUA. Outros dois nomes sugeridos por Felipão são bem conhecidos no Brasil: do meia Gustavo Scarpa e do atacante William Bigode, ambos do Palmeiras.
As sugestões não agradaram à diretoria celeste, que se vê impossibilitada de arcar com nomes desse porte, pois sofre com dificuldades de manter em dia a atual folha salarial da Raposa, que deve ainda dois meses de vencimentos e o 13º salários da equipe profissional e funcionários do clube.
Com a saída de Felipão, o Cruzeiro já iniciou as buscas por um novo técnico e o nome de Felipe Conceição, que está no Guarani, desponta como favorito. Todavia, Lisca voltou ao radar celeste e pode ser uma surpresa, caso não renove com o América-MG.