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Mano Menezes se mostra ‘ sem chão’ com morte de Caio Júnior

Mano se despede do Cruzeiro: 'Fica de bom a campanha de recuperação'
imagem cameraMano Menezes 
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Lance!
Belo Horizonte(MG) 
Dia 01/12/2016
14:52
Atualizado em 01/12/2016
15:35

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Em entrevista coletiva na manhã desta quinta-feira, o treinador Mano Menezes mostrou-se ' sem chão' com a tragédia aérea envolvendo a delegação da Chapecoense, que deixou 71 mortos. Solidário às vítimas, ele lembrou da relação que tinha com o treinador Caio Júnior, que também faleceu no acidente. 

 -É a primeira vez que a gente fala oficialmente sobre isso. Foi muito duro pra todos nós. Uma tragédia que atingiu todos os segmentos que envolvem o futebol brasileiro. A gente fica sem chão nessas horas, ainda está assim. Porque é inevitável você voltar e lembrar momentos que passaram. O mais importante nessa hora é rezar, respeitar as pessoas que ficaram e estão sofrendo imensamente mais que a gente. Eles perderam familiares e nós colegas de profissão e amigos. Realmente foi muito duro- comentou. 

 -Eu senti o que todas as pessoas sentiram. Primeiro uma incredulidade, por ter visto as pessoas numa grande felicidade horas antes, por uma temporada muito boa, de estar na final da Sul-Americana, e logo, algumas horas, depois receber a notícia que as pessoas não estariam entre a gente. Foi muito duro. Principalmente por causa do Caio. Na minha primeira equipe profissional, o Caio foi o centroavante. Foi ele quem me indicou para o Paulo Autuori para meu estágio aqui no Cruzeiro. Ele faz parte da minha vida profissional, com muita intensidade- completou. 

Por fim, o comandante mostrou-se favorável à realização da última rodada do Campeonato Brasileiro. Inicialmente, ela estava prevista para o próximo domingo, dia 04, mas foi remarcada para o domingo seguinte, dia 11. O Cruzeiro recebe o Corinthians, às 17h, no Mineirão.

Apesar da Raposa não ter mais chances de G6 e nem de rebaixamento, a partida vale muito para os paulistas, que podem abocanhar uma vaga na Libertadores de 2017. E foi esse o argumento usado pelo treinador. 

 -Existem maneiras diferentes de manifestar a tristeza, a gente respeita todas. As opiniões também. Mas também sabemos que existem compromissos, mesmo nessa hora dolorosa. Ainda tem uma rodada. Não é questão de querer ou não querer. Envolvem questões para os próximos campeonatos, rebaixamento, vagas nas próximas competições. Embora respeite toda a dor, lá na frente nós vamos continuar. A rodada será disputada nesse clima de tristeza, mas nós teremos que cumprir nossos compromissos. A CBF ainda não confirmou, esperávamos uma posição oficial, mas vai ser mantida a ideia de jogar a rodada no dia 11- finalizou. 

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