‘Não lembro quando tomamos quatro gols’, diz Mano sobre derrota

O treinador do Cruzeiro fez duras críticas ao time e afirmou que a equipe precisa "apanhar", refletir e aceitar as críticas ao time neste momento

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Conhecido por montar equipes muito fortes na defesa, o Cruzeiro de Mano Menezes tem sido totalmente o contrário neste início de Campeonato Brasileiro. Em cinco jogos, o time mineiro levou 11 gols, média acima de dois gols por partida.

A goleada aplicada pelo Fluminense acendeu mais um alerta na equipe, que vem tendo dificuldades em destruir jogadas e evitar gols dos adversários. Para Mano Menezes, as críticas são justas e o time terá de encarar os erros e buscar melhorar nos próximos jogos do Brasileiro e outros compromissos, como Copa do Brasil e Libertadores, o maior desejo do clube na temporada.

- Nós empatamos, na quarta-feira, e jogamos menos do que jogamos hoje, quando tomamos 4 a 1. Hoje o Cruzeiro teve sete oportunidades de gol. Na quarta-feira, tivemos apenas uma, produzimos muito pouco. Hoje, produzimos muito mais. Ao meu ver, no primeiro tempo, deveríamos ter saído com a vitória. Mas não saímos. E agora é a hora de apanhar, temos que apanhar, temos que ser criticados. Temos que saber, com grandeza, ouvir as críticas, aceitá-las, e trabalhar para as coisas mudarem. Isso não é normal nosso. Nem me lembro a última vez que uma equipe minha tomou quatro gols-disse Mano em tom bem sério, que chamou para si a responsabilidade dos erros da equipe.

-É a nossa hora de ouvir, é a hora de falar menos. Estamos tomando gols... como tomamos esse de bola parada no fim do primeiro tempo, que não estamos acostumados a tomar. Tomamos um gol ridículo na volta do segundo tempo. Ridículo porque é um chutão para frente, nossa defesa, que sempre foi firme, bateu cabeça. Tomamos gol ridículo no quarto gol, numa lateral, na reta final do jogo. Mas a responsabilidade é do treinador. Quando as coisas não funcionam de maneira geral, a responsabilidade é do treinador e sou eu que tenho que resolver- concluiu.

Outro que não se esquivou de assumir a baixa qualidade do jogo cruzeirense, foi o capitão Henrique, que comentou a atuação e o momento do time.

-Jogo muito abaixo. Criamos oportunidades, mas sofremos gols que a equipe não está acostumada a sofrer dessa forma. Muito fáceis. É hora de colocar a cabeça no lugar. Fazer auto análise para que a gente reaja. Falta isso para a gente. Se cobrar mais, corrigir mais. Parar de ficar pontuando o que necessita e fazer. é ter ação, atitude. Nós vamos dar o retorno dentro de campo já nas próximas rodadas. Vamos conversar entre nós e corrigir tudo que nos falta para trilhar o caminho da vitória novamente- comentou o volante.

Já o zagueiro Dedé preferiu colocar em prática um discurso mais ameno com o time e propagar a ideia de que as coisas podem melhorar com a semana cheia de trabalho que a Raposa terá antes do próximo compromisso pelo Brasileiro.

-Tem que saber jogar o Brasileiro. mesmo com as derrotas, temos que concentrar para trabalhar e melhorar. O time sabe da responsabilidade que carrega, sabe que tem a Copa do Brasil nas costas, temos a briga boa contra o River. Temos que corrigir durante a semana, se entregar, se dedicar um pouco mais, porque nosso time não é time de tomar três, quatro gols... É delicado o momento, mas importante. Somos capazes de melhorar e brigar pelo título do Brasileiro- disse o zagueiro.

O Cruzeiro volta a campo pelo Brasileiro no dia 26 de maio, domingo, às 19h, no Mineirão, pela sexta rodada da competição nacional. 

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