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‘Não sou traidor’, disse o volante Henrique sobre saída do Cruzeiro

O jogador deixou a Raposa no início deste ano rumo ao Fluminense e recebeu muitas críticas dos torcedores que esperava que ele ficasse e ajudasse o time na volta à Série A

Henrique estava suspenso pelo terceiro amarelo e focou apenas na necessidade da Raposa voltar a vencer
Henrique ficou no Cruzeiro mais de 10 anos, somando as dupas passagens pelo clube mineiro-(Vinnicius Silva/Cruzeiro)

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O volante Henrique era uma das referências do Cruzeiro em 2019, mesmo com o rebaixamento do time para a segunda divisão. Após o início da temporada 2020, havia uma expectativa que o jogador, que era o capitão da equipe, ficasse para ajudar o time a voltar para a Série A em 2021.

Mas, Henrique deixou a Raposa, porém, disse que foi uma decisão difícil de tomar, mas que seria necessário para o seguimento da sua carreira e rechaçou o rótulo de traidor, por supostamente ter abandonado o clube em sua pior fase.

-Foram muitos anos vividos em BH e no Cruzeiro, e vividos de forma intensa, de forma vitoriosa. Não foi uma decisão fácil a ser tomada. Mas eu via necessidade naquele momento, por mais que as circunstâncias diziam para eu ficar. Tem algo maior nisso, que é a questão mental, questão da pessoa. Muitas pessoas julgam e criticam sem saber os totais motivos. Era questão mais mental, de sentir um novo ar, dar uma respirada, tirar um pouco da carga que foi muito pesada- disse o jogador em entrevista à ESPN Brasil.

Henrique ficou chateado com o tratamento recebido por parte de torcedores mais exaltados, quando decidiu fechar com o Fluminense.

-Eu não me acho traidor, cada um sabe o motivo de querer sair. Eu não posso julgar a outra pessoa pelos motivos dela ter saído. Minha situação é totalmente diferente, eu saí, claro que pelo momento difícil, mas tem algo maior nisso tudo. As pessoas têm que entender isso, são questões mentais, de pensar além de um atleta. É um ser humano. O carinho que eu tenho pelo clube e pelo torcedor é muito grande-disse o volante que reforçou o seu carinho pelo Cruzeiro, apesar da ruptura.

-A relação com o torcedor é muito verdadeira em questões de sentimentos, eu amo essa torcida, o clube...são mais de 10 anos vividos aqui. Não saí porque deixei de amar, foram por outras razões. Por mais que saí no momento mais difícil, também tem o momento difícil do ser humano Henrique, que as pessoas deveriam enxergar. Não julgar apenas pelo atleta, e sim pelo ser humano também- explicou o jogador que vestiu a camisa do Cruzeiro em 516 jogos. 

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