O técnico Ney Franco fez o de sempre após mais um resultado ruim do Cruzeiro na Série B: lamentar o revés para Cuiabá, por 1 a 0, na Arena Pantanal. O resultado colocou o time mineiro de volta na zona do rebaixamento e mantém a tensão dos torcedores quanto a possibilidade de acesso à elite em 2021.
Em avaliação repetida por vários treinadores do clube após a derrota, Ney Franco afirmou que a Raposa foi melhor em campo, mas "pagou caro" em falha no último lance do jogo.
-A gente pagou caro no último lance do jogo, jogamos praticamente o jogo todo com a equipe toda bem organizada dentro de campo, com sistema defensivo sólido, indo para o ataque e deixando a nossa equipe atrás muito bem protegida. E, no final do jogo, faltando um minuto com uma falta lateral muito distante, a gente se lançou para o ataque porque tem essa característica, porque você joga no Cruzeiro, você quer ter os três pontos e justamente nesse último lance nossa equipe ficou mal posicionada em campo, a gente perdeu uma bola muito longa, perdemos a primeira bola, perdemos a bola do rebote e eles foram felizes no contra-ataque, no único momento em que a nossa equipe ficou desprotegida defensivamente. Então, a gente pagou caro hoje por um detalhe do jogo. Esse detalhe que, justamente no último lance do jogo, a gente está posicionado dentro de campo com a nossa equipe desprotegida e mal posicionada dentro de campo-disse.
Saindo do clichê, Ney Franco admitiu que o time precisa de mais do que lampejos para melhorar na Série B.
-Eu acho que a gente teve alguns lampejos desse jogo (partida contra a Ponte Preta) em alguns momentos na partida (contra o Cuiabá), mas a gente precisa de mais que lampejos no Cruzeiro. A gente precisa realmente definir uma solidez de jogar, independente se é dentro de casa ou fora de casa, independente do adversário, e a gente vai ter que procurar essa solidez-disse.
Sobre as cincos substituições, as entradas de Roberson, Rafael Luiz, Marcelo Moreno, Caio Rosa e Ariel Cabral, Ney Franco, afirmou que as trocas foram com objetivo de dar poder ofensivo ao time, mesmo tendo apostado no meia-atacante Roberson, que marcou apenas um gol em 13 jogos.
- Todas as substituições que a gente fez no jogo de hoje, especificamente, todas elas foram para ganharmos mais força ofensiva, conseguir jogar com mais jogadores próximos da área do Cuiabá e também muito no plano físico, né?! As duas primeiras substituições tiveram esse detalhe, tanto o Régis quanto o Maurício, a gente sentiu que o desempenho já estava caindo na parte física, então eu tirei o jogador com a característica de meio de campo e coloquei um outro jogador aberto, coloquei um outro atacante por dentro também, e o Roberson, que tem a característica de jogar como meia de ligação-disse, para seguir sua explicação:
- E as outras substituições, chegou um momento que o Henrique sentiu a parte física, a gente fez a substituição e, depois, para gente ganhar uma força do lado direito do campo, tirei o Daniel, empurrei o Rafael para a gente ter um jogador mais descansado no lado direito, e o Sassá também, no final do jogo, aos 28 minutos, sentiu a parte física, e colocamos um jogador de ataque. Mas, não acho que o meia de articulação foi um problema não. Até porque o Roberson jogou fazendo essa meia de ligação. Então, as substituições foram visando o poderio ofensivo-concluiu.