O técnico Mano Menezes não entrou em campo na vitória do Cruzeiro sobre o Huracán-ARG, por 1 a 0, nesta quinta-feira, 7 de março, na estreia do Grupo B da Copa Libertadores, mas esteve sempre ativo à beira do campo orientando e cobrando os jogadores da Raposa.
Porém, a arbitragem considerou que o entusiasmo de Mano era exagerado, por fazer cobranças ao trio que conduziu o jogo, principalmente com o excesso de cartões aplicados ao time, seis no total, contra dois dos argentinos, o que deixava a equipe comandada por ele em alto risco de ficar com um jogador a menos caso houvesse uma expulsão.
Mano acabou expulso aos 44 minutos do segundo tempo e não pôde comemorar com seus jogadores o triunfo em campo e ainda não foi autorizado a participar da coletiva pós-jogo em que falaria sobre as dificuldades e lances do duelo na Argentina.
Em seu lugar, assumiu o auxiliar técnico do Cruzeiro, Sidnei Lobo, que já comandou a equipe celeste em diversas ocasiões e fez a análise do jogo de estreia da Raposa na Libertadores.
E, no espírito do jogo, Sidnei Lobo fez muitos elogios ao time, que segundo ele, teve uma vitória merecida e de superação, com todos os contras que a partida apresentou, como o gramado pesado devido as fortes chuvas antes e durante o jogo, e claro, as complicações de enfrentar a pressão do Huracán.
- Você estrear em uma competição como essa, estrear com vitória, é pra poucos, principalmente aqui na Argentina. A proposta de jogo foi interessante, porque a gente vinha desenvolvendo nos treinos. Foi um jogo, de certo ponto, atípico, por causa da chuva na primeira etapa, que atrapalhou um pouquinho nossas pretensões de ficar mais com a posse. Mas, diante das circunstâncias, soubemos jogar o jogo. Essa competição é assim, você tem de estar preparado até o final do jogo, foi isso que aconteceu-disse Sidnei Lobo.
Sidnei Lobo explicou como aconteceu na expulsão de Mano Menezes, aos 44 minutos do segundo tempo, que se revoltou com uma jogada em que Rafinha tentou salvar uma bola na linha lateral, mas na velocidade do lance, acabou quase debaixo do banco de reserva e reclamou de dores. O árbitro peruano mandou o jogo seguir e Mano questionou o árbitro sobre a jogada, gerando a expulsão.
- Já tinha acontecido com nosso adversário, o próprio treinador, os auxiliares, os atletas que estavam no banco. Como fica muito próximo o banco para o campo, qualquer passo você já está dentro do campo. Eles tiveram isso, se for ver a imagem, o treinador deles também entrou em campo, por uma reclamação ou outra, e aconteceu com Mano. O juiz não teve paciência. O importante foi o resultado- explicou.
O auxiliar e escudeiro de Mano falou também sobre uma decisão do treinador de colocar três zagueiros em campo, promovendo a entrada de Fabrício Bruno ao lado de Léo e Murilo, o que gerou muita discussão entre os cruzeirenses durante e depois do jogo.
- A gente queria fazer o segundo, mas estava difícil. Eles empurraram, jogavam dentro de casa, a pressão era natural. Depois, colocaram mais um atacante de área. A estratégia do Mano foi brilhante, de colocar mais um zagueiro, já fechava com três. Eles estavam desesperados e acabaram jogando bolas na área. A estratégia era essa. Gostaríamos de ter mais posse de bola, mas enfrentamos um adversário que está jogando em casa. Tivemos até chances de fazer o gol, mas não concretizamos-concluiu.
Pela Libertadores, o Cruzeiro volta a campo na quarta-feira dia 13 de março, às 19h15, no Mineirão, diante do Deportivo Lara-VEN. Antes, porém, o time estrelado fará um jogo com o Tombense, pela nona rodada do Campeonato Mineiro, domingo 10 de março, no Mineirão, às 16h.