A comissão de sindicância formada pelo presidente do Conselho Deliberativo do Cruzeiro, Zezé Perrella, apresentou os primeiros relatórios da apuração das denúncias de irregularidades no clube.
A sindicância concluiu que há claras evidências de gastos descontrolados, contratos inconsistentes e pagamentos suspeitos feitos pela diretoria executiva da Raposa.
Os conselheiros Jarbas Matias dos Reis e Walter Cardinali Júnior, responsáveis pelo trabalho, recomendaram a contratação de uma auditoria externa para uma análise mais profunda dos documentos e valores despendidos pelo clube.
Entre os aumentos de custos na Raposa, o relatório apontou crescimento no pagamento de funcionários com elevação do quadro de colaboradores quando se comparado à gestão de Gilvan Pinho de Tavares em 2017, pagamento a pelo menos 30 conselheiros do clube como prestadores de serviços, divergências nos valores pagos em contratos do que foi acordado, gerando déficit, contratos inativos que continuavam a ser pagos, funcionários que recebiam como CLT e pessoa jurídica, gerando duas despesas.
Outras possíveis irregularidades apontadas no relatório da sindicância foram: Contratos de 2018 com serviços supostamente prestados em 2017 em funções que não existiam no clube; mais de um intermediário remunerado com comissões pagas pela transferência de um mesmo jogador; pagamento de comissões por intermediação de contratos de jogadores que já pertenciam ao Cruzeiro; contratos com objetos diferentes dos serviços de fato contratados e prestação de serviços paga, porém sem confirmação de resultado.
Desde de maio de 2019, diversas denúncias contra a diretoria do Cruzeiro vem sendo noticiadas o que gerou recentemente até o afastamento do vice-presidente de futebol, Itair Machado, do cargo. O Cruzeiro está sendo investigação externamente pela Polícia Civi, Federal e Ministério Público de Minas Gerais.