O ex-lateral-esquerdo do Cruzeiro e da Seleção Argentina, Juan Pablo Sorín, ídolo do torcedor celeste, comentou sobre sobre a crise institucional vivida pela Raposa no Canal Desimpedidos, do Youtube. O argentino também revelou que tem o desejo de trabalhar na Toca da Raposa como dirigente.
-Eu não trabalhei nunca para o Cruzeiro, eu ajudei muitas vezes de fora, mas nunca tive um cargo. Claro que gostaria, não sei ainda onde. Mas pode ser, um dia. Um projeto legal, com autonomia, que faça o Cruzeiro crescer até internacionalmente, que pode ajudar os jogadores, a torcida, um projeto transparente que, para mim, é o mais importante. Muitas vezes chegam coisas, e eu tenho muito cuidado com essa relação de ídolo e torcida, para nenhuma coisa desgastar. Esse relacionamento é natural, orgânico, não tem nenhum interesse mais do que o coração- disse o ex-lateral, de 43 anos.
Sobre as investigações que o clube vem sendo submetido, devido às denúncias de irregularidades financeiras, Sorín disse que o Cruzeiro precisa de ter pessoas que se identifiquem de verdade com o clube, para não usar a instituição em benefício próprio.
-Também, também (após pergunta do entrevistador sobre carência de um profissional que represente o clube com honestidade e transparência)… A imagem do Cruzeiro, para apresentar um projeto, ou me chamar, e a gente começar a discutir. Poder colocar as ideias, para que o torcedor se sinta muito envolvido e não enganado. Para que o pessoal saiba tudo, as contas, porque desse projeto, porque o sócio torcedor tem isso, porque não tem, porque o jogador quis vir, porque não quis. O Cruzeiro cresceu tanto nos últimos anos, pelos títulos e porque os jogadores se sentiram muito identificados com a camisa-disse.
Sorín fez 127 jogos, marcando 18 gols, em três passagens pelo Cruzeiro. Do ano 2000 a 2002; depois em 2004; e entre 2008 a 2009, quando encerrou seu vínculo com a Raposa. O argentino venceu cinco títulos pelo time celeste. A Copa do Brasil de 2000; Copa Sul-Minas de 2001 e 2002; Supercampeonato Mineiro de 2002; e Campeonato Mineiro de 2009. Jogando pela seleção argentina, o ex-lateral-esquerdo fez 76 jogos e marcou 12 gols pela albiceleste, sendo o capitão do time nacional na Copa do Mundo de 2006, na Alemanha.