O VAR (árbitro de vídeo) foi a solução encontrada para diminuir os erros de arbitragem e tornar o jogo de futebol mais justo. Entretanto, os homens que comandam o futebol dentro e fora de campo na América do Sul parecem ainda não terem entendido a plena função da ferramenta. Pelo menos foi o que ficou evidente na derrota do Cruzeiro por 2 a 0 para o Boca Juniors, nesta quarta-feira, na Bombonera, na Argentina, pela Copa Libertadores.
Dedé não recebia cartão vermelho desde 2010, ou 135 jogos sem ser colocado para fora de campo. Ele foi expulso aos 29 minutos do segundo tempo após o árbitro consultar o VAR. No lance, o zagueiro teve apenas um choque acidental de cabeça com o goleiro Andrada, do Boca Juniors.
A expulsão equivocada de Dedé gerou comentários de veículos de imprensa após o apito final, criticando a marcação do árbitro paraguaio Eber Aquino - inclusive os argentinos.
Em sua edição digital, o "Diário Olé", um dos mais famosos do continente, não entendeu o que o árbitro marcou no lance. Eles publicaram: “Insólita expulsión via VAR - Expulsão insólita pelo VAR”, expôs o jornal argentino.
O comentarista do canal SporTV, André Rizek, disse que o Cruzeiro tem de denunciar na Conmebol esse “absurdo” cometido pela arbitragem.
Galvão Bueno, narrador da TV Globo, ressaltou que desde o voto da CBF no Marrocos para ser sede da Copa do Mundo de 2026, contrariando o combinado da Conmebol, trouxe malefícios para o futebol brasileiro.
Juca Kfouri, do UOL e ESPN, disse que a Raposa foi "garfada" na Bombonera.
O Clárin, também da Argentina, chamou de ridícula o ato do árbitro do jogo.