O Estádio Vélodrome, em Marselha, será palco de um dos jogos mais esperados desta Eurocopa. França e Alemanha duelam pela semifinal nesta quinta-feira, às 16h, na partida que reúne dois dos grandes favoritos à conquista da competição. De um lado, o poderoso ataque gaulês, com o artilheiro Griezmann. Do outro, o paredão alemão, com a muralha Manuel Neuer.
A França chega a esta semifinal com o melhor ataque da competição, com 11 gols marcados. O trio ofensivo vem sendo mortal para os adversários e se divide no que se refere à bola na rede. Se Griezmann é o artilheiro da Eurocopa com quatro gols, Payet e Giroud já deixaram a marca em três oportunidades cada.
- Temos a habilidade de fazer gols com jogadores de diferentes características. Nós conseguimos criar problemas para os adversários, e isso é empolgante - disse, em entrevista coletiva, o técnico Deschamps, elogiando os três homens de frente dos Bleus.
A seleção da Alemanha mostrou nesta Eurocopa que gosta de jogar com a bola nos pés. A incessante troca de passes até encontrar um espaço para finalizar é a senha para chegar ao gol do adversário. Diante da característica do rival, o técnico da França, Didier Deschamps, já alertou os seus jogadores sobre a estratégia do adversário.
- A Alemanha sempre domina o adversário, tem mais posse de bola. Mas não podemos chegar lá e pensar somente em nos defender. Temos a oportunidade, queremos jogar nosso máximo, com todo o respeito que temos pelos alemães, atuais campeões mundiais - afirmou Deschamps.
Se a França tem o melhor ataque da Eurocopa, a Alemanha conta com a defesa menos vazada. Em cinco jogos, os germânicos levaram apenas um gol, de pênalti, marcado pelo zagueiro Bonucci, nas quartas de final diante da Itália. Apesar dos excelente números, o time de Joachim Löw tem problemas no setor. O zagueiro Hummels, suspenso, está fora. Mustafi deve ser o substituto. E o treinador sabe das dificuldades de enfrentar o melhor ataque.
- O ataque da França é o melhor do torneio. Muito flexível, cria muita pressão não só na área, mas também no meio-campo com Pogba e Matuidi. Penso que amanhã eles nos atacarão muito, colocarão muita pressão. Jogam em casa e vão tentar tudo - disse Löw.
Além de Hummels, Khedira e Mario Gómez estão fora por lesão. Löw confirmou que Schweinsteiger substituirá o volante. Götze deve herdar a vaga do centroavante.
LÖW NÃO ACREDITA EM GOLEADA
O técnico Joachim Löw não acredita que a Alemanha possa aplicar novamente uma sonora goleada em uma país anfitrião, como fez com o Brasil na última Copa do Mundo, quando fez 7 a 1 no Mineirão. O treinador disse que é difícil fazer uma comparação entre as defesas.
- Não tem muito o que tirar daquele jogo. Nossos jogadores estão acostumados a sentir pressão. Os brasileiros ficaram chocados porque levaram três ou quatro gols em poucos minutos. Acho que uma semifinal daquela não vai acontecer a cada dois anos. E a França é muito mais sólida na defesa do que os brasileiros eram dois anos atrás.